Julgamento de recurso do Caso Davi Sebba é adiado pela terceira vez

Pela terceira vez,  foi adiado o julgamento de recurso contra os três PMs acusados de matar Davi Sebba. Na sessão desta quinta-feira (31), o desembargador Itaney Campos afirmou que continuará com vistas sobre o processo, ou seja, solicitou mais tempo para analisar o caso. O caso deve ser retomado na sessão da próxima terça-feira (5). A princípio, a sessão de hoje julgaria se os policiais militares acusados de envolvimento no assassinato do advogado, em 2012, iriam a júri popular por homicídio qualificado.

A definição sobre o caso já foi adiada outras duas vezes, só neste mês de março. A primeira sessão para julgar os recursos aconteceu no dia 8, quando o desembargador Eudélcio Machado Fagundes pediu vistas. O segundo julgamento do mês aconteceu dia 24, quando o desembargador Itaney Campos, que presidiu a sessão, pediu mais tempo para analisar o caso, assim como fez o desembargador Ivo Campos.

Na decisão de 2017, do juiz Antônio Fernandes de Oliveira, determinou que dois PMs – Edinailton Pereira de Souza e Luiz Frederico de Oliveira – fossem absolvidos, enquanto decidiu que o policial militar Jonathas Atenevir Jordão fosse a júri popular, respondendo pelo crime de homicídio simples.

No recurso, que esteve em pauta nos julgamentos recentes, a acusação pede que a sentença seja alterada, levando os três PMs acusados a júri popular pelo crime de homicídio qualificado – quando a vítima não tem condições de se defender.

Relembre o caso Davi Sebba

David Sebba foi morto no dia 5 de julho de 2012, no estacionamento do supermercado Carrefour, em Goiânia. O advogado fazia compras que seriam levadas à sua esposa, que estava na maternidade para o parto do filho do casal, quando foi abordado por três policiais militares à paisana. O filho, Gabriel Davi, nasceu minutos depois do falecimento de Davi, que foi morto por um tiro no peito.

O inquérito policial do caso apontou que Davi fora assassinado e que a arma encontrada no banco do passageiro do carro – que tinha numeração raspada – havia sido plantada no veículo.

Nenhum dos acusados foi preso ao longo dos dez anos, período em que houve cobranças por parte de órgãos institucionais. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) cobrou transparência e respostas do governo estadual sobre o crime, que qualificou como uma execução.

O então Ministério de Direitos Humanos, o Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados fizeram reuniões e diligências, em Goiás, para apurar atitudes sobre o caso. O Ministério da Justiça cobrou providências das autoridades locais. E o Procurador-Geral da República (PGR) propôs ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a federalização do processo.

 

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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