Justiça tenta solucionar sumiço de mulher em Aeroporto de Goiânia

Há dois anos e três meses, a Justiça têm tentado montar um quebra-cabeça para desvendar o paradeiro de Lilian de Oliveira, de 40 anos, que desapareceu no Aeroporto de Goiânia ao chegar de uma viagem da Colômbia, no dia 13 de fevereiro de 2020. Depois de 5 mil páginas de processo e versões contraditórias dos três acusados de matar a mulher, uma nova audiência de instrução e julgamento foi agendada para está segunda-feira (9), na Primeira Vara Criminal de Goiânia. A reunião é para ouvir as testemunhas do caso e juntar elementos para que seja tomada uma decisão.

Entre os acusados de matar Lilian estão o produtor rural Jucelino Pinto da Fonseca, de 61 anos, que, inclusive, teve uma relação extraconjugal com a mulher, o que teria provocado brigas por conta do pagamento de pensão alimentícia após o nascimento de uma menina, hoje com 7 anos. Além dele, foram denunciados a babá da criança, Cleonice de Fátima Ferreira, de 50 anos, e Ronaldo Rodrigues Ferreira, de 56 anos. Os três foram denunciados pelo Ministério Público (MP) no dia 23 de abril de 2021. Entretanto, os réus respondem em liberdade –  depois de reclamarem de sofrerem ameaça e tortura enquanto estavam presos. Eles ficaram detidos entre os dias 29 de maio a 13 de agosto de 2020.

Apesar do órgão ter denunciado os três por homicídio, o corpo de Lilian nunca foi encontrado. Algumas versões apresentadas pelos acusados apontam que o corpo da mulher foi incinerado em uma caldeira de Pirenópolis. Porém, as afirmações que não foram comprovadas pela perícia da Polícia Técnico-Científica, acabaram sendo aproveitadas na denúncia.

Versões

No início das investigações, os três réus negaram o crime. No entanto, ao longo da apuração, Ronaldo admitiu a participação no homicídio, mas apresentou duas versões diferentes: a primeira de que buscou Lilian no aeroporto e depois a matou dentro do carro à caminho de Pires do Rio, onde jogou seu corpo no Rio Paranaíba. Em outro momento, disse que a levou para o laticínio de Jucelino, em Pirenópolis, onde ambos reduziram o corpo da vítima a cinzas em uma caldeira.

No entanto, laudos de perícias negaram as duas possibilidades, considerando cruzamento de dados de localização de Ronaldo no dia e hora do crime. Além disso, o relatório final indica que a fornalha não foi usada para incinerar o corpo de Lilian.

Juelino, por sua vez, negou o crime inicialmente e depois admitiu ser o mandante, mas não relatou como o suposto homicídio ocorreu. Já Cleonice, que teria interesse na morte de Lilian porque queria a filha da mulher para si, foi acusada de ajudar a planejar o assassinato da mulher, mas também não disse como foi praticado.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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