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Justiça tenta solucionar sumiço de mulher em Aeroporto de Goiânia

Última atualização 09/05/2022 | 16:18

Há dois anos e três meses, a Justiça têm tentado montar um quebra-cabeça para desvendar o paradeiro de Lilian de Oliveira, de 40 anos, que desapareceu no Aeroporto de Goiânia ao chegar de uma viagem da Colômbia, no dia 13 de fevereiro de 2020. Depois de 5 mil páginas de processo e versões contraditórias dos três acusados de matar a mulher, uma nova audiência de instrução e julgamento foi agendada para está segunda-feira (9), na Primeira Vara Criminal de Goiânia. A reunião é para ouvir as testemunhas do caso e juntar elementos para que seja tomada uma decisão.

Entre os acusados de matar Lilian estão o produtor rural Jucelino Pinto da Fonseca, de 61 anos, que, inclusive, teve uma relação extraconjugal com a mulher, o que teria provocado brigas por conta do pagamento de pensão alimentícia após o nascimento de uma menina, hoje com 7 anos. Além dele, foram denunciados a babá da criança, Cleonice de Fátima Ferreira, de 50 anos, e Ronaldo Rodrigues Ferreira, de 56 anos. Os três foram denunciados pelo Ministério Público (MP) no dia 23 de abril de 2021. Entretanto, os réus respondem em liberdade –  depois de reclamarem de sofrerem ameaça e tortura enquanto estavam presos. Eles ficaram detidos entre os dias 29 de maio a 13 de agosto de 2020.

Apesar do órgão ter denunciado os três por homicídio, o corpo de Lilian nunca foi encontrado. Algumas versões apresentadas pelos acusados apontam que o corpo da mulher foi incinerado em uma caldeira de Pirenópolis. Porém, as afirmações que não foram comprovadas pela perícia da Polícia Técnico-Científica, acabaram sendo aproveitadas na denúncia.

Versões

No início das investigações, os três réus negaram o crime. No entanto, ao longo da apuração, Ronaldo admitiu a participação no homicídio, mas apresentou duas versões diferentes: a primeira de que buscou Lilian no aeroporto e depois a matou dentro do carro à caminho de Pires do Rio, onde jogou seu corpo no Rio Paranaíba. Em outro momento, disse que a levou para o laticínio de Jucelino, em Pirenópolis, onde ambos reduziram o corpo da vítima a cinzas em uma caldeira.

No entanto, laudos de perícias negaram as duas possibilidades, considerando cruzamento de dados de localização de Ronaldo no dia e hora do crime. Além disso, o relatório final indica que a fornalha não foi usada para incinerar o corpo de Lilian.

Juelino, por sua vez, negou o crime inicialmente e depois admitiu ser o mandante, mas não relatou como o suposto homicídio ocorreu. Já Cleonice, que teria interesse na morte de Lilian porque queria a filha da mulher para si, foi acusada de ajudar a planejar o assassinato da mulher, mas também não disse como foi praticado.