Kaká minimiza ausência no velório de Pelé

O ex-jogador de futebol Ricardo Leite, conhecido popularmente como Kaká, usou as redes sociais para se explicar sobre a ausência no velório de Pelé. O tricampeão mundial pela seleção brasileira foi sepultado na última terça-feira, 03. O ex-atleta minimizou a situação ao rebatar críticas sobre uma fala polêmica durante a Copa do Mundo, apesar de não ter entrado em detalhes.

“A declaração novamente foi lembrada agora por ocasião do falecimento e velório do nosso querido Rei Pelé, pessoa que tenho uma admiração enorme, e que recebi de suas mãos o maior título individual da minha carreira. Naquela noite, disse que só mesmo ele poderia tornar aquele momento ainda melhor. Como brasileiro e amante do futebol, meu respeito e admiração permanecerão e sinto demais não ter ido para Santos”, afirmou.

No programa “Donos da Bola”, transmitido pela emissora Band, Neto voltou a criticar: “Para você Kaká, que disse que esse país não tem a história e a inteligência de reverenciar os seus ídolos. Você foi no velório, você foi no cortejo? Não. Você, Ronaldinho Gaúcho, você que sempre falou do Pelé, você foi no velório? Não”, disse o apresentador.

Somente os ex-jogadores Zé Roberto e Elano compareceram ao velório de Pelé. Segudo Kaká, antes da morte do Rei, ele já havia sugerido à Fifa que concedesse o nome do brasileiro a um dos prêmios concedidos pela Federação.

Confusão

No torneio mundial de futebol do Catar, em dezembro do ano passado Kaká declarou que os brasileiros não torcem para a seleção, não reconhecem os jogadores e consideram Ronaldo como “apenas mais um gordo andando pela rua. “Uma declaração minha foi feita dentro de um contexto, mas infelizmente se espalhou como uma crítica a todo o povo. Nunca foi essa a minha intenção. Nem poderia ser, principalmente pelo fato do povo brasileiro ter sempre me tratado com muito amor. Eu me referia apenas às pessoas que, naquele momento, torciam contra um ídolo da Seleção. Errei na forma deselegante que citei um amigo, mas já me desculpei, seguimos juntos em frente”, escalreceu.  

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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