Karine Giselle Gouveia e seu marido, Paulo César Dias Gonçalves, foram presos novamente nesta quarta-feira, 12, em Goiânia. O casal, acusado de provocar lesões em pacientes de uma clínica de estética, é suspeito de continuar vendendo produtos proibidos pela internet, além de tentar interferir nas investigações. Segundo o delegado Daniel José de Oliveira, da 4ª Delegacia Distrital de Goiânia, há indícios de que os dois usaram diferentes estratégias para atrapalhar o andamento do caso.
“As provas já colhidas indicam que os investigados adotaram manobras para dificultar as investigações, como a subcontratação de advogados para monitorar e influenciar as declarações de outros envolvidos. Além disso, descumpriram uma determinação judicial ao continuar comercializando medicamentos proibidos pela internet”, afirmou o delegado.
Outra suspeita é de que pacientes que passaram por procedimentos na Clínica Karine Gouveia tenham recebido aplicações de óleo de silicone no rosto, uma substância de uso proibido. Com essa nova descoberta, a polícia orienta que os pacientes com lesões realizem exames para identificar os produtos utilizados nos procedimentos.
Casal já havia sido preso no fim de 2023
Karine e Paulo César foram detidos preventivamente no final do ano passado e permaneceram presos por quase dois meses, sendo liberados no início de fevereiro. Até o momento, a Polícia Civil já ouviu 60 pacientes da clínica, que apresentaram laudos médicos comprovando lesões.
Entre as denúncias, há relatos de que substâncias proibidas, como o PMMA, foram aplicadas sem o conhecimento dos pacientes.