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La Niña deve elevar preço de hortaliças, grãos e carnes em Goiás

Última atualização 17/10/2022 | 16:40

A primavera mal chegou e já começamos a sentir os efeitos da influência do fenômeno La Niña sobre a estação em Goiás. Prova disso são os fortes temporais e o período de estiagem, que predominam, em rodízio, em algumas regiões do estado. Porém, além de prejuízos materiais, a população também pode ter que ‘abrir o bolso’ para colocar comida na mesa.

Isso porque as condições climáticas provocadas pelo ‘La Niña’ não são nada boas para as lavouras, segundo o economista Luiz Carlos Ongarotto. Ele diz que a seca e as tempestades (que podem vir acompanhadas de granizo) podem destruir as plantações, acarretando prejuízos ao produtor rural, e consequentemente, fazendo com o alimento chegue com um valor elevado as bancas de feiras e prateleiras de supermercados.

“Esses fenômenos climáticos causam baixa previsibilidade na produção agrícola, pois há chuvas e tempestades em momentos não esperados, assim como secas e oscilações na temperatura. Ao prejudicar a produção agrícola, há menor produção, o que pode vir a elevar o preço dos alimentos para o consumidor, especialmente na produção de hortifruti, como foi o caso da cenoura”, explicou.

Grãos e carne mais caros

Além das frutas, verduras e hortaliças, a população também pode ter dificuldades para comprar grãos como: arroz, aveia, trigo, milho, centeio e cevada. Aquele churrasquinho também pode ser afetado, visto que com o aumento dos grãos (alimento de animais de corte), a proteína animal tende a subir.

“Já na produção de grãos há um efeito em cadeia também, pois além do consumo humano, há a produção de proteína animal que pode ter o preço das rações aumentado”, concluiu Luiz.

‘La Niña’

O ‘La Niña’ é um fenômeno natural que ocorre a cada dois ou sete anos e tem duração de nove a 12 meses. Neste ano, no entanto, ele acontece pela terceira vez consecutiva.

O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, e provoca aumento no volume de chuvas nas regiões norte e nordeste, já os estados do Sul registram calor intenso e seca severa. 

Os efeitos do ‘La Niña’ variam no Centro-Oeste e no Sudeste, sendo que o mais recente provocou chuvas intensas e queda das temperaturas nessas regiões.