Laboratórios de Goiânia já disponibilizam nova vacina contra a dengue

Uma nova vacina contra a dengue já está disponível em laboratórios da rede particular em Goiânia. A Qdenga é um imunizante desenvolvido pela farmacêutica Takeda que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março para uso no Brasil. A expectativa da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) é que todas as doses sejam oferecidas para a população a partir deste sábado, 1º de julho.

A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com dois laboratórios de Goiânia. No Padrão, a atendente responsável não sabia que havia uma nova vacina contra dengue e precisou confirmar a informação. Segundo ela, algumas unidades estão oferecendo as doses da QDenga, custando R$ 264. No Cedipi, as vacinas da farmacêutica japonesa estão sendo comercializadas por R$ 487,50. O esquema vacinal depende de duas aplicações com intervalo de três meses entre ambas. Então, a imunização completa custaria entre R$ 528 e R$ 975.

Um imunizante já havia sido aprovado pela Anvisa no ano passado: a Dengvaxia, da Sanofi.  O recurso, no entanto, era indicado apenas para os que já tinham sido infectados porque atuava evitando um quadro de reinfecção, que costuma ser mais grave. Essa vacina alcançava um público restrito.

A novidade da atual vacina japonesa é abranger um público brasileiro inédito por ser destinada àqueles que nunca contraíram a doença. Outra diferença é a faixa etária indicada: na vacina mais antiga, a aplicação era entre pessoas de 9 a 45 anos de idade, enquanto na Qdenga é de 4 a 60 anos.

Contraindicações

Mesmo que a nova vacina seja para um grupo maior de pessoas, existem algumas contraindicações que merecem a atenção da população. Uma delas está justamente relacionada à faixa etária, que não abrange crianças com idade inferior a quatro anos, assim como pessoas com idade superior a 60 anos.

Na Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a bula de remédios também aponta contraindicações para hipersensibilidade às substâncias ativas ou qualquer um dos excipientes que compõem a vacina. Além disso, não é indicada para indivíduos com deficiência congênita ou adquirida, incluindo submetidos a terapêuticas imunossupressoras como quimioterapia ou doses elevadas de corticosteroides sistêmicos nas quatro semanas que antecedem o recebimento da dose no organismo.

Outros grupos que não devem receber o imunizante, segundo a EMA, são aqueles infectados pelo HIV, seja sintomático ou assintomático, mas acompanhada por provas da função imunitária comprometida. Há ainda contraindicação para mulheres grávidas e que estão em fase de amamentação. Em caso de dúvidas sobre enquadramento, é recomendado que o paciente busque a ajuda profissional de um médico.

Imunizante na rede pública

No primeiro momento, a vacina contra a dengue será disponibilizada apenas na rede particular. Para chegar até a rede pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) depende da incorporação pelo Ministério da Saúde ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A pasta informou que a incorporação será avaliada e a previsão do coordenador substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Daniel Ramos, é que cheguem para o público em até um ano e meio.

O último informe do ministério sobre arboviroses, divulgado no início deste mês de junho, indica que 1.379.983 casos de dengue foram registrados no Brasil, comprovando o aumento de 22% se comparado ao mesmo período do ano passado. Em relação aos óbitos, 635 foram confirmados e 420 estavam em investigação, até a data.

Em Goiás, conforme o Boletim da Dengue publicado pela Secretaria de Estado de Saúde do Governo do estado (SES-GO), foram confirmados 43.423 casos até o momento, mas esse número é inferior ao registrado ano passado, que foi de 167.622, ou seja, a variação foi de 65% negativos.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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