Um lagarto de 18 cm foi encontrado em Santa Catarina dentro de um contêiner vindo dos Estados Unidos. Originário da África, o animal surpreendeu os moradores de São Francisco do Sul e foi resgatado pelo Grupo de Operações e Resgate (GOR). A espécie identificada como Agama aculeata, também conhecida como lagarto agama, foi capturada e levada ao veterinário para avaliação.

O contêiner onde o lagarto foi encontrado veio do estado da Flórida e, segundo o biólogo do GOR, Carlos Alberto Rocha, os lagartos agamas foram introduzidos de forma irregular na região. A espécie, que costuma viver em savanas na África, se alimenta principalmente de insetos como formigas e cupins. Embora não seja peçonhento, o lagarto pode morder como mecanismo de defesa.

Apesar do susto causado pela presença do animal inusitado, o GOR aguarda a autorização dos órgãos ambientais para definir o destino do lagarto. É fundamental evitar a soltura de animais em habitats inapropriados, já que isso pode trazer riscos para a fauna local, levando à extinção de algumas espécies, superpopulação de outras e desequilíbrio na cadeia alimentar.

A espécie Agama aculeata geralmente é encontrada em países africanos como Namíbia, África do Sul e Angola. Com mais de 30 espécies de pequenos lagartos africanos, o gênero Agama se destaca pela cauda longa e pela alimentação baseada em insetos. A captura e resgate desse lagarto em Santa Catarina gerou curiosidade e preocupação em relação ao impacto que a presença desse animal exótico pode causar na região.

O biólogo e herpetólogo Alex Giordano Bergmann ressaltou a importância de manter o lagarto em um ambiente seguro para evitar possíveis danos ao ecossistema local. A captura do Agama aculeata em um porto seco de São Francisco do Sul evidencia a necessidade de controle e fiscalização para evitar a introdução de espécies invasoras que possam prejudicar a biodiversidade nativa da região.

A presença desse lagarto agama em solo catarinense destaca a importância da conscientização ambiental e da proteção da fauna local. O GOR reforça a importância de manter ambientes livres de riscos para a integridade dos ecossistemas, evitando a soltura irresponsável de animais em locais inadequados. A preservação da biodiversidade e a promoção de ações sustentáveis são fundamentais para garantir um equilíbrio ecológico saudável.