Latrocínio em Goiânia: suspeitos doparam vítimas por dívidas com agiota

Latrocínio em Goiânia: suspeitos doparam vítimas por dívidas com agiota

De acordo com investigação da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), os três suspeitos de latrocínio em Goiânia agiram por conta de uma dívida no valor de R$ 180 mil com um agiota. O trio estaria recebendo ameaças e então dopou membros da própria família a fim de roubar o dinheiro necessário. As vítimas eram mãe e filho, duas pessoas idosas.

O latrocínio em Goiânia

Os suspeitos Luciene Soares Theodoro de Andrade, 52, Eduardo José de Andrade, 25, e José Eterno de Andrade, 59, prestaram depoimento à PC-GO. Segundo a linha do tempo descrita por eles, o trio se deslocou de Minas Gerais até Goiânia para a casa de Carlos Alberto Barbosa, 64, e Sebastiana Aparecida Barbosa, 85. Eles eram mãe e filho um do outro, além de tia e primo de Luciene.

Luciene, inclusive, é a pessoa que teria planejado o crime. Seu marido José Eterno e o filho do casal, Eduardo, teriam ajudado. O plano inicial era pressionar Carlos Alberto e Sebastiana para que fornecessem as senhas bancárias. Porém, Carlos Alberto apresentou resistência e o trio passou a roubar itens valiosos do apartamento deles, em Goiânia.

Carlos Alberto e Sebastiana deixaram os três entrarem no apartamento porque pensaram que se tratava de uma visita familiar. Contudo, foram mantidos em cativeiro e dopados durante alguns dias. Carlos Alberto, aliás, morreu justamente devido à alta dosagem de calmantes. O trio, então, queimou o corpo e o abandonou em um canavial de Ituiutaba, em 19 de janeiro.

Seis dias depois, Sebastiana recebeu a notícia da morte do filho e a saúde passou a piorar, até que ela também faleceu. Luciene, José e Eduardo abandonariam o corpo no mesmo lugar, mas sofreram um acidente na BR-153 e precisaram deixar o cadáver de Sebastiana na estrada.

José Eterno foi preso em Goiânia, enquanto os policiais capturaram Luciene e Eduardo em Minas Gerais. A PC-GO cogita que houve um quarto suspeito no latrocínio, mas ainda não há essa confirmação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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