Laudo aponta DNA de mastologista suspeito de estupros: médico tornou-se réu por crimes sexuais

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Laudo aponta compatibilidade de DNA com mastologista suspeito de estupros

Segundo o Ministério Público, o material foi colhido em uma das vítimas e o documento já foi anexado ao processo. Em fevereiro deste ano, a Justiça tornou réu o médico por crimes contra a dignidade sexual.

Laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil comprova que houve compatibilidade em exame de DNA do mastologista Danilo Costa, suspeito de estuprar mulheres em um hospital público de Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o material foi colhido em uma das vítimas e o documento já foi anexado ao processo. Em fevereiro deste ano, a Justiça tornou réu o médico por crimes contra a dignidade sexual cometidos ao longo de, pelo menos, 12 anos (leia mais abaixo).

Segundo a denúncia do MPMG, o médico se aproveitava da vulnerabilidade delas, de diversas formas, sendo as principais:

Estado de saúde fragilizado (pacientes oncológicas);
Dependência do tratatramento médico (sendo ele o único mastologista do hospital);
Poder hierárquico sobre funcionárias;
Medo de retaliação ou descrédito devido ao prestígio do médico.

A defesa do réu foi trocada no curso do processo e o Diário do Estado tenta contato com o novo advogado dele. Os relatos das vítimas detalham como eram cometidos os abusos. Em alguns dos casos, o médico as surpreendia, as agarrava à força e as estuprava. A maior parte dessas vítimas era atendida pela rede pública de saúde.

Os abusos eram cometidos principalmente no Hospital Nossa Senhora das Dores, e outros casos ocorreram no consultório particular do médico na Clínica Medcenter.
A Justiça de Minas Gerais tornou réu o médico mastologista Danilo Costa por crimes contra a dignidade sexual cometidos ao longo de, pelo menos, 12 anos. As vítimas são pacientes em tratamento de câncer e funcionárias de um hospital público de Itabira, na Região Central de Minas. A denúncia do Ministério Público (MPMG) foi aceita pela juíza Dayane Rey da Silva, da 1ª Vara Criminal da cidade, em fevereiro passado. As investigações do MPMG apontaram que o médico teria cometido estupro, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual contra pacientes (muitas delas em tratamento de câncer de mama) e funcionárias do hospital, crimes pelos quais agora responde na Justiça.

Danilo Costa, de 46 anos, foi indiciado pela Polícia Civil no dia 17 de fevereiro. No dia 22, a Polícia Civil instaurou um novo inquérito para investigar outras denúncias de abuso sexual contra o médico. Segundo o delegado responsável pelas investigações, as vítimas são de Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo e Barão de Cocais, todas cidades na Região Central do estado. Já o Ministério Público também conduz uma outra investigação, paralela à denúncia, para apurar se o Hospital Nossa Senhora das Dores, onde o médico trabalhava, era conivente com os crimes. Em um dos casos relatados, uma funcionária pediu demissão da unidade hospitalar após sofrer abusos.

De acordo com a denúncia, ao menos 15 mulheres foram ouvidas, no entanto, há indícios de que outras mulheres também foram vítimas. Porém, alguns casos não puderam ser incluídos na ação penal porque alguns dos crimes já prescreveram.

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