O laudo médico pericial do ex-servidor público Felipe Gabriel Jardim, acusado de matar o sogro em uma farmácia de Goiânia, apontou que ele não possui nenhum tipo de doença mental e que tinha total capacidade de entendimento quando atirou contra José do Rosário Leão. Crime ocorreu em 2022.
O documento ressalta que, apesar de Felipe apresentar episódios de humor depressivo associado a sintomas psicóticos, isso não teria afetado a capacidade de discernimento dele, que tinha ciência da gravidade do ato.
Homicídio em 2022
Felipe Gabriel Jardim Gonçalves é acusado de atirar contra o sogro em uma farmácia de Goiânia, em junho de 2022. O idoso foi morto após registrar um boletim de ocorrência contra ele horas antes.
O jovem foi encontrado três dias após o crime, sendo localizado na casa de parentes. A ex-namorada de Felipe e filha da vítima, Kênnia Yanka Leão, contou que foi avisada pelo acusado sobre o crime.
“Ele me ligou cedo, quando soube [da ocorrência], e falou que ia matar o meu pai. Eu fui correndo atrás do meu pai, mas ele não atendia. Eu peguei o carro e fui para lá, só que o pneu furou e eu não consegui. Quando eu desci para pedir ajuda, ele ligou para dizer que matou meu pai e ia atrás de mim”, contou Kênnia Yanka, ex-namorada de Felipe Gabriel.
A vítima era policial civil aposentado e dono da farmácia onde foi morto, localizada no Setor Bueno, junto com outro genro. Já Felipe tinha o sonho de também seguir na carreira como Policial Militar e, durante o crime, gritou diversas vezes que o ”sonho acabou”.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rhaniel Almeida, o rapaz sabia da dificuldade de entrar na corporação militar após o crime cometido. A ex-namorada chegou a contar que ele andava armado em todos os lugares com o revólver utilizado no homicídio.
Felipe foi denunciado por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma.
Internação
Em outubro do ano passado, um exame de insanidade mental foi pedido ao jovem pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira , da 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia.
Na decisão, o magistrado contou que não vê indícios de que a sanidade mental de Felipe estava comprometida no dia do crime, já que ele passou por exames psicológicos ao tirar porte de arma e ao ser nomeado com cargo na prefeitura.
Na época, a defesa do caso ressaltou que ele “tem graves transtornos psiquiátricos”, que requereu o exame de insanidade mental e a internação dele “em um hospital adequado”.