O mestre de obras Roberto Caetano de Souza, encontrado morto dentro de uma cisterna em Luziânia, sobreviveu durante 14 dias no poço, conforme conclusões da Polícia Técnico-Científica de Goiás. A suspeita é que a motivação tenha relação com uma dívida de drogas no valor de R$ 600, uma vez que os responsáveis foram cinco traficantes, mas essa suspeita não convence a família do homem.
Antes de ser jogado na cisterna, o mestre de obras foi asfixiado e, provavelmente, os criminosos não sabiam que a vítima havia sobrevivido às agressões. Como a suspeita é que Roberto tenha sobrevivido por 14 dias, contatou-se que ele morreu por desnutrição 24 horas antes de ser localizado pelos bombeiros.
De acordo com o delegado Felipe Guerrieri Barbosa, a tese principal é que o mestre de obras teria um relacionamento próximo com uma usuária de drogas, que também foi presa. “Pelas investigações, descobrimos que o mandante do assassinato seria um traficante”, explica.
Até o momento, a Polícia Civil localizou e prendeu três pessoas e duas seguem foragidas.
Relembre o caso
O corpo do mestre de obras desaparecido desde o último dia 11 foi encontrado dentro de uma cisterna, no bairro Parque Estrela Dalva X, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Roberto Caetano, de 53 anos, saiu de casa para trabalhar e não voltou mais. A vítima ficou cerca de 15 dias presa dentro do reservatório e morreu por desnutrição horas antes de ser encontrado.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para realizar a remoção do cadáver do local com uso de técnicas de salvamento terrestre e de multiplicação de força, o cadáver foi resgatado e levado ao Instituto Médico Legal de Luziânia.
O irmão da vítima, o policial militar Ailton Caetano, relatou ao jornal Correio Braziliense que o mestre de obras estava em casa e resolveu sair. Durante 15 dias, os familiares e amigos seguiram em uma intensa busca pelo homem. “Íamos a todos os possíveis lugares que ele estivesse na esperança de encontrá-lo”, disse.