Morte de brasileira na Holanda: laudo final do IML aponta ‘traumatismo cranioencefálico por ação contundente’ como causa do óbito
Taiany Caroline Martins Matos caiu de prédio na cidade de Breda, no dia 3 de janeiro. Polícia holandesa encerrou investigações no dia da queda, mas familiares ainda cobram inquérito policial e laudo emitido na Holanda.
Taiany Caroline Martins Matos, do DF, morreu após cair de prédio na Holanda. — Foto: reprodução
O laudo final do Instituto Medicina Legal (IML) de Brasília apontou que Taiany Caroline Martins, de 32 anos, morreu por “traumatismo cranioencefálico por ação contundente” — lesão no cérebro causada por impacto. O documento foi emitido na última sexta-feira (21).
A jovem caiu de um prédio na cidade de Breda, na Holanda, no dia 3 de janeiro. A polícia holandesa encerrou as investigações do caso no dia da queda, mas os familiares ainda cobram o inquérito policial e o laudo emitido na Holanda.
> “Estou preocupada. Precisamos urgentemente do inquérito policial de lá [da Holanda] e do laudo cadavérico também”, diz Naiany, irmã da vítima.
A família da jovem registrou um boletim de ocorrência sobre o caso na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM I) em Brasília. O DE questionou a Polícia Civil do Distrito Federal sobre como a delegacia vai atuar, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
A morte por traumatismo cranioencefálico e ação contundente já havia sido apontada por uma certidão de óbito emitida no Brasil. No entanto, a família aguardava o laudo final do IML, já que a certidão de óbito emitida pelo Consulado-Geral do Brasil, em Amsterdã, apontou que a causa da morte foi “ataque cardíaco”.
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Taiany era de Planaltina, no Distrito Federal. Ela morava na Europa há 6 anos e vivia na cidade de Breda, na Holanda, com o companheiro — um holandês de 53 anos. Foi ele quem avisou a família sobre a morte da jovem, no dia seguinte ao ocorrido.
O então companheiro disse para a família da jovem que ela teria se pendurado na janela do prédio onde moravam. Segundo ele, ela escorregou e caiu; Logo após ao crime, o homem disse que “foi um trágico acidente, e já foi concluído pela polícia”.
Em frente ao prédio onde Taiany morava, amigos fizeram homenagens e um memorial com flores, velas e mensagens.
‘RELACIONAMENTO CONTURBADO’
Segundo a irmã de Taiany, amigas próximas disseram que o relacionamento com o holandês, que durou 7 meses, era bastante conturbado. Segundo essas amigas, no dia da queda Taiany saiu à noite para um festa e ficou com medo de voltar para casa.
Uma amiga de Taiany contou à família dela que, durante o passeio, a jovem recebeu ligações do companheiro “o tempo todo”, e que ela ficou com muito medo de voltar para o apartamento naquela noite. Então, o grupo decidiu esperar amanhecer para subir ao quarto, que estava trancado. O homem só abriu a porta quando as amigas foram embora.
Depois disso, as amigas não receberam mais mensagens da Taiany. Até que ficaram sabendo da queda, do quarto andar.
POLÍCIA HOLANDESA ENCERROU INVESTIGAÇÕES NO DIA DA QUEDA
Poucos dias depois, quando o caso ganhou repercussão, a polícia de Breda divulgou nas redes sociais que conduziu “uma investigação minuciosa em conjunto com o Ministério Público” e que “isso foi realizado, entre outras coisas, por especialistas da investigação forense”. Segundo a polícia holandesa, “a investigação mostrou que não foi um caso criminal”.