Lauryn Hill brilha em show potente no The Town, mas poderia ter mais público

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Lauryn Hill dá aula de como se renovar em show potente no The Town, mas que merecia mais público

A renomada artista Lauryn Hill deu uma verdadeira aula no The Town deste sábado (6), ao mostrar como se faz um espetáculo inesquecível. Pela quinta vez no Brasil, a americana e seus filhos YG e Zion Marley ostentaram toda a sua potência artística no Autódromo de Interlagos (SP), lavando a alma de quem os assistia, com hits que atravessam gerações.

A cantora subiu ao palco com 18 minutos de atraso. Antes de ela entrar, sua DJ avisou que ela estava no camarim, terminando de se arrumar. Para esquentar o público, a DJ Reborn tocou músicas brasileiras que enaltecem a negritude, dando o tom do que veríamos (e ouviríamos) no show da americana.

Foi um espetáculo do início ao fim, o que ficou nítido com o público totalmente entregue. A plateia era numerosa, mas aquém do que se espera para a última apresentação do segundo palco principal do festival — também menor do que se espera para uma lenda viva como Lauryn.

Vestida com um sobretudo dourado e um terno de animal print, a cantora entrou ao som de “Everything is Everything”, canção que aqui surgiu estendida e mais suingada do que na versão original. Lauryn e seu público mais fiel estão acostumados. Ela leva aos palcos outras versões de suas músicas — não apenas mantendo o brilho das originais, como também o engrandecendo.

É uma forma que ela encontrou de renovar o repertório. Com mais de 30 anos de carreira, a artista lançou apenas um álbum solo: “The Miseducation of Lauryn Hill”. Trabalho que é tão aclamado que chegou a ser considerado o melhor álbum de todos os tempos, em um ranking da Apple Music no ano passado.

Netos de Bob Marley, Zion e YG celebraram o avô e a Jamaica em grande estilo. Cantaram músicas de suas carreiras solo e covers. Entre as faixas entoadas pelos músicos, estavam “Everything’s Gonna Be Alright”, “Marching to Freedom” e “Premature Paradise”.

A banda estava impecável, fazendo jus à veia eletrizante da artista, que faz um som eclético unindo rap, soul, gospel, reggae blues, funk e dancehall.

A única decepção mesmo foi o fato de “Doo Woop (That Thing)”, um dos maiores hits de Lauryn, ter ficado de fora. Ainda assim, a sensação que fica é a de que ela sabe como fazer um espetáculo e sempre se renovar.

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