Lava Jato: Fachin confirma julgamento de recurso de Cunha para quarta-feira

O ministro Edson Fachin, novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou ter mantido na pauta para amanhã (8) o julgamento em plenário de um recurso em que o ex-deputado Eduardo Cunha pede para ser solto.

Preso desde outubro do ano passado em Curitiba, a defesa de Cunha tenta anular a prisão preventiva do ex-deputado, ordenada pelo juiz federal Sérgio Moro. A defesa alega que o próprio STF arquivou um pedido anterior da Procuradoria-geral da República (PGR) para que ele fosse preso, pouco depois da cassação de seu mandato na Câmara, em setembro do ano passado.

A reclamação na qual Cunha pede para ser solto havia sido pautada para uma sessão da Segunda Turma do STF em dezembro pelo ministro Teori Zavascki, que era relator da Lava Jato no STF antes de morrer em um acidente aéreo no mês passado . No dia do julgamento, no entanto, o item foi retirado da pauta.

Ainda antes da morte de Teori, a ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, pautou para o dia 8 de janeiro o recurso de Cunha, agora para ser julgado por todos os ministros. Apesar de ter herdado a relatoria da Lava Jato há pouco menos de uma semana, Fachin manteve o julgamento para a sessão plenária desta quarta-feira.

Hoje (7), Fachin participou de sua primeira sessão na Segunda Turma. O colegiado, responsável por julgar a maior parte dos processos da Lava Jato no Supremo, decidiu manter a prisão, em Curitiba, do ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu, um dos investigados na operação.

Alexandre de Moraes

Questionado sobre a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, feita pelo presidente Michel Temer para ocupar a vaga deixada por Teori, Fachin foi sucinto. “O presidente indica, o Senado sabatina, o Supremo dá posse”, disse.

Antes de entrar para a sessão da Primeira Turma, o ministro Marco Aurélio Mello elogiou Moraes, de quem disse ser amigo. “Ele é excepcionalmente preparado”, declarou. “Numa época de crise grave, ele vinha prestando serviços relevantes, agora com desgaste político frente à opinião pública, porque não ficava encastelado, vinha à frente”, disse o ministro do STF, em referência à atuação de Moraes na pasta.

Gilmar Mendes também elogiou Moraes e rebateu críticas de que a indicação seria mais política do que técnica. “O Supremo é um tribunal político, no sentido de que ele mede os seus poderes e o poder de outros poderes. Então, nesse sentido, a crítica é anódina”, disse. Abordados, os demais ministros da Corte não quiseram falar com jornalistas.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Alego aprova bolsa-arma para mulheres vítimas de violência doméstica

Alego aprova bolsa-arma para mulheres vítimas de violência doméstica

Nesta terça-feira, 13, os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) aprovaram a criação da bolsa-arma para mulheres vítimas de violência doméstica. Aquelas que se encaixarem nesse grupo podem solicitar um valor de R$ 2 mil para a aquisição de arma de fogo, desde que se encaixem nas especificações necessárias.

O projeto da bolsa-arma

O Processo nº 2317/20, ou “bolsa-arma”, foi proposto pelo deputado Major Araújo (PL). O projeto visa instituir bolsa para aquisição de arma de fogo de uso permitido, para a mulher vítima de violência doméstica ou em razão de ser mulher.

Na primeira fase de votação, o texto tinha recebido aprovação na Alego. Na segunda, ele voltou a passar e agora depende da assinatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), para entrar em vigor.

O documento aponta que, para ter acesso à bolsa-arma, é preciso apresentar uma série de comprovações. Em primeiro lugar, a mulher precisa ter mais de 21 anos de idade e residir em Goiás há pelo menos três anos. É necessário comprovar saúde psiquiátrica e psicológica e ter preparo para manusear arma e habilitação em tiro, atendendo a um curso gratuito promovido pelo estado.

Por fim, a solicitante não pode ter passagens pela polícia e tampouco possuir outro registro de arma de fogo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp