Última atualização 23/07/2020 | 18:15
O Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin na Justiça Eleitoral. O tucano teria sido denunciado por ser suspeito de crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As acusações do MP afirmam que Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha eleitoral de 2010 R$ 9 milhões quando disputou o pleito em 2014.
Na semana passada, o ex-candidato à presidência da república também foi indiciado na Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois nas eleições. Alckmin se comprometeu a prestar esclarecimentos À justiça, mas protestou por “não ser ouvido” durante o processo.
Em contrapartida, a defesa de Alckmin disse que as conclusões do inquérito são “infundadas” e “não encontram suporte nos fatos”, afirmaram seus advogas em nota pública.
Também por meio de nota, Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB-SP, disse que o partido “reitera sua confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin”. “Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão”, declarou.
Mas a mancha fica na imagem do partido, que já nessa semana teve outro importante político investigado na Lava-Jato: trata-se de José Serra, que recebeu mandatos de busca e apreensão alguns dos seus imóveis.
O indiciamento de Alckmin também gera impasse nas próximas eleições. O ex-governador estava prestes a ser anunciado como coordenador do plano de governo da candidatura à reeleição do prefeito Bruno Covas para a cidade de São Paulo. Em entrevista coletiva concedida nesta semana, o atual governador do estado de São Paulo, João Doria, também do PSDB, disse que não vê qualquer dano à campanha de Covas.