Lava Jato: PF prende suspeitos de corrupção na linha 4 do metrô do Rio

O diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Rio Trilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior, e o atual subsecretário de Turismo do estado e ex-subsecretário de Transportes, Luiz Carlos Velloso, foram presos na manhã desta terça-feira (14) na Operação Tolypeutes, um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, que investiga corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metrô.

Segundo o acordo de leniência de executivos da Carioca Engenharia, o esquema de corrupção que existia na secretaria Estadual de Obras do Rio, com a cobrança de propina das empreiteiras envolvidas em contratos bilionários de obras civis, também se repetia na secretaria estadual de Transporte. Segundo depoimentos, Heitor recebia a propina no canteiro de obras e em dinheiro vivo. Ele era sócio de duas empresas que prestavam serviço para a construção da Linha 4 do Metrô.

A prisão preventiva do diretor da Rio Trilhos foi pedida, segundo os promotores, para evitar uma possível fuga. De acordo com a investigação, Heitor e a mulher estavam dando entrada em um pedido de cidadania portuguesa. Os procuradores também estão pedindo o bloqueio de bens de R$ 36 milhões de Heitor e de R$ 12 milhões de Velloso.

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PF afirma que Bolsonaro já planejava golpe e fuga desde março de 2021

Bolsonaro Planejou Golpe e Fuga desde 2021

A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil no final de 2022 para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Essa informação consta em um relatório no qual a PF indiciou Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Em dezembro de 2022, nos últimos dias de seu mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos e retornou somente em março de 2023. A PF descobriu um plano de fuga elaborado em 2021, destinado a ser executado caso o ataque de Bolsonaro ao Poder Judiciário e ao regime democrático sofresse algum revés que colocasse sua liberdade em risco.

Durante as investigações, a PF encontrou no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores, uma apresentação de PowerPoint com estratégias para a implantação de uma rede de auxílio à fuga e evasão. Este plano previa o uso de armamento para garantir a fuga. O relatório da PF aponta que o plano de fuga foi adaptado após o grupo não conseguir implementar um golpe de Estado em 2022.

“O plano de fuga foi adaptado e utilizado no final do ano de 2022, quando a organização criminosa não obteve êxito na consumação do golpe de Estado”, afirma o documento. A PF concluiu que “Jair Bolsonaro, após não conseguir o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura institucional, saiu do país para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023”.

A defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as acusações. No entanto, em uma coletiva de imprensa, Bolsonaro declarou que “nunca discutiu golpe com ninguém” e que todas as medidas tomadas durante seu governo foram feitas “dentro das quatro linhas da Constituição”.

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