Lázaro Barbora faz três reféns em Chácara de Edilândia

Três pessoas, uma mulher e duas crianças, foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. As informações foram passadas à imprensa pelo diretor de saúde da USB do povoado. Os reféns já teriam sido liberados. A polícia ainda não deu detalhes sobre o episódio.

O cerco a Lázaro completou sete dias nesta terça-feira (15). Ele ´é o principal suspeito de matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia, no Distrito Federal, e de cometer outros crimes em municípios da região.

Na manhã desta terça (15), Lázaro invadiu uma chácara e provocou momentos de tensão no caseiro Rosinaldo Morais. “Fui para o curral para arrumar as coisas e tirar o leite quando dei de frente com ele. Ele foi para o meu lado eu falei: ‘Calma aí. Não precisa se alterar que ninguém vai fazer nada com você’. Ele disse que estava há três dias sem comer e que estava com fome. Pedi para ele esperar que arrumaria comida. Ele não esperou nem eu fechar as vacas e foi embora”.

De acordo com a força-tarefa deslocada para capturá-lo, Lázaro se deslocou da mata para uma propriedade rural nesta terça e está escondido no meio da plantação de milho.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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