Lei do capacete limpo entra em vigor

Projeto foi aprovado em 2016 e aguardava regulamentação da prefeitura

Entrou em vigor a “Lei do Capacete Limpo”, que obriga mototaxistas a manter os capacetes periodicamente higienizados. O texto do projeto também obriga motoristas do serviço a desinfetar viseiras e boqueiras no momento de embarque do passageiro.

Com reclamações de passageiros do serviço de mototáxi a respeito da limpeza dos capacetes, o vereador Felisberto Tavares (PR) comentou que “muitos usuários estavam deixando de utilizar o serviço de moto táxi em virtude da falta de limpeza do acessório de segurança”.

O parlamentar afirmou que a proposta foi elaborada com o conhecimento de profissionais do ramo, com objetivo de melhorar a qualidade do serviço, que já é regulamentado. “Uma das coisas que vai atrair o cliente é quando ele tiver certeza que não vai contrair uma doença quando utilizar um capacete” completou o vereador.

Projeto

Felisberto Tavares destacou que o projeto de lei foi elaborado juntamente ao Sindicato dos Mototaxistas e da Vigilância Sanitária, e de especialistas da saúde para que se verificasse uma medida com objetivo de assegurar a saúde dos usuários do serviço. “Com a higienização constante é possível dar segurança àqueles que querem fazer o uso do transporte com mototáxis”, concluiu o parlamentar.

A limpeza periódica do equipamento deve ser comprovada, o que consta na legislação. “O texto da lei traz em seu teor que deve ser colocado no equipamento um selo da empresa que realizou a higienização ”, aponta o vereador. Caso não conste o selo e seja identificado algum dano à saúde do passageiro, Felisberto pontua que o mototaxista corre o risco de ser acionado judicialmente por ter permitido o ocorrido.

Decreto

A lei foi aprovada ainda no ano passado, mas apenas agora deve valer a pena via decreto do prefeito Iris Rezende. “Esse projeto foi apresentado e aprovado ainda na gestão anterior, mas existe um prazo para que ele seja encaminhado até o prefeito”, constatou Felisberto Tavares. O vereador ressaltou que o início de vigor da lei depende da sanção do executivo municipal e poderia ter sido adiantado caso houvesse reivindicação popular.

Gustavo Motta

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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