Goiânia não decreta Lei seca para o segundo turno

Goiânia não decreta Lei seca para o segundo turno

O próximo final de semana de eleições não terá lei seca em Goiânia. A venda de bebidas alcoólicas será permitida na capital, mas a decisão pode não valer no interior do estado. A medida é considerada facultativa porque depende da avaliação do juiz eleitoral. A cidade de Senador Canedo teve a Lei Seca decretada a partir das 18 horas deste sábado, 29, até às 18 horas do domingo, 30.

“Em Goiânia não tem lei seca há muitos anos. Aqui, caberia ao secretário de Segurança Público determinar a vedação da comercialização de bebidas alcoólicas. Em outros municípios, isso pode ocorrer se ele considerar o risco de desavenças e deve ocorrer em até 24 horas antes das eleições”, afirma o assessor de imprensa e comunicação do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Brazil Nunes.

O objetivo da medida criada há 55 anos é proibir que pessoas dirijam sob a influência de álcool ou outra substância psicoativa e evitar prejuízo ao eleitor na hora de escolher os candidatos que vão representá-lo nos próximos anos. O motorista transgressor fica sujeito à pena de multa e suspensão da carteira de habilitação por 12 meses. As pessoas flagradas podem ser obrigadas a cumprir um ano de detenção

Além da punição administrativa, outra norma prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê como crime o ato de conduzir veículo automotor sob o efeito de bebida alcoólica ou outra substância psicoativa. A pena é de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Maior parte dos estados brasileiros não adotou a medida. Somente no Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná e Tocantins preferiram proibir a venda de álcool para a população.

No Distrito Federal, a lei seca deixou de ser adotada nas eleições de 2018. Segundo o TRE-DF, não houve registro de problemas por bebida naquele ano. No estado do Rio de Janeiro, não há lei seca eleitoral desde 1996. No estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a última vez que a lei seca foi implantada foi na eleição de 2006, de acordo com a Agência Senado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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