Leishmaniose: Conheça doença confirmada em criança de Caldas Novas 

Uma criança de 3 anos foi diagnosticada com leishmaniose visceral humana, em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esse é o primeiro caso da doença registrado na cidade, em 2023.

Conforme a SMS, a vítima está em tratamento em Goiânia e os detalhes do caso seguem em sigilo, a fim de proteger a segurança da paciente e dos familiares. A pasta afirmou que as ações de prevenção e controle da doença já estão sendo tomadas, seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde (MS).

Seguindo os protocolos sanitários, foi realizada uma ação de bloqueio na casa da criança e também nas proximidades, descartando outros casos. Cães da região também foram submetidos a exames, mas testaram negativo.

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos. Ela é causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos, mas conhecido como mosquito palha. A manifestação da doença pode ser vista através de lesões na pele, mas também pode variar causando lesões nos órgãos internos levando até a morte.

Em quadros agravados, conforme especialistas, a doença pode provocar anemia grave, sangramentos e diminuição da imunidade, fazendo com que o paciente se torne alvo de infecções bacterianas. A evolução para doença sintomática pode ocorrer em semanas ou anos, mas também pode ser subaguda, aguda ou crônica, podendo ser fulminante. Ou seja, rápida e instantânea em 90% dos casos.

Porém, há alguns fatores de risco que podem tornar mais fácil contrair a doença, sendo elas:

  • Pessoas do sexo masculino;
  • Infecção por HIV;
  • Imunocomprometimento;
  • Desnutrição;
  • Abuso de drogas injetáveis;
  • Residência ou visitas a áreas endêmicas,
  • Extremos de idade.

Como tratar

A cura da doença é feita com tratamentos específicos com medicamentos como glutantime e anfotericina.

Como prevenir

Não existe vacina ou medicação para fazer uso preventivamente, a melhor forma de prevenção se baseia no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

Ou seja, se for a uma localidade onde tenha aumento no número de casos deve-se:

  • Usar de mosquiteiro com malha fina;
  • Telar de portas e janelas com malha fina;
  • Usar repelentes,
  • Não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo, claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol, e noite).

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp