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Leishmaniose Visceral: Goiás já registrou seis casos da doença em 2023

Última atualização 09/05/2023 | 15:30

Goiás registrou, até a última segunda-feira, 8, seis casos confirmados de Leishmaniose Visceral, em 2023. O número, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), representa 31,5% de todos os casos contabilizados em 2022, quando o estado teve 19 infecções pela doença, sendo que um foi importado do Tocantins. 

Entre as vítimas infectadas pela doença está uma criança, de 3 anos, moradora de Caldas Novas, no sul de Goiás. O caso foi divulgado no sábado, 6, sendo o primeiro registro da doença na cidade, em 2023.

A vítima, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SES), está em tratamento em Goiânia, mas os detalhes do caso seguem em sigilo, a fim de proteger a segurança da paciente e dos familiares. Ações de prevenção e controle da doença estão sendo tomadas no município, seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde (MS).

Uma ação de bloqueio na casa da criança e também nas proximidades, por exemplo, foi realizada descartando outros casos. Cães da região também foram submetidos a exames, mas testaram negativo.

O que é a Leishmaniose?

A Leishmaniose é uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos. Ela é causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos, mas conhecido como mosquito palha. A manifestação da doença pode ser vista através de lesões na pele, mas também pode variar causando lesões nos órgãos internos levando até a morte.

Em quadros agravados, conforme especialistas, a doença pode provocar anemia grave, sangramentos e diminuição da imunidade, fazendo com que o paciente se torne alvo de infecções bacterianas. A evolução para doença sintomática pode ocorrer em semanas ou anos, mas também pode ser subaguda, aguda ou crônica, podendo ser fulminante. Ou seja, rápida e instantânea em 90% dos casos.

Porém, há alguns fatores de risco que podem tornar mais fácil contrair a doença, sendo elas:

  • Pessoas do sexo masculino;
  • Infecção por HIV;
  • Imunocomprometimento;
  • Desnutrição;
  • Abuso de drogas injetáveis;
  • Residência ou visitas a áreas endêmicas,
  • Extremos de idade.

Como tratar

A cura da doença é feita com tratamentos específicos com medicamentos como glutantime e anfotericina.

Como prevenir

Não existe vacina ou medicação para fazer uso preventivamente, a melhor forma de prevenção se baseia no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.

Ou seja, se for a uma localidade onde tenha aumento no número de casos deve-se:

  • Usar de mosquiteiro com malha fina;
  • Telar de portas e janelas com malha fina;
  • Usar repelentes,
  • Não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo, claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol, e noite).