Leitos de internação para covid estão com lotação máxima em Goiânia

Goiânia é a unidade cidade goiana com índice de internação para covid acima dos 75%. A capital não tem mais leitos vagos para pessoas em tratamento contra a doença. Em Nerópolis, a taxa de ocupação é de 73%, o que coloca o município na segunda faixa correspondente a 50% e 75% de vagas preenchidas na rede pública. As informações foram consultadas no painel de indicadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira, 03.

 

O total de vagas na enfermaria disponível na capital é de 10. No momento da consulta, 9 já tinham pacientes e 1 estavam bloqueados. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), havia 20 leitos, sendo 13 ocupados e 7 bloqueados. Já em Nerópolis, das 40 vagas de UTI, 29 estavam com pessoas em tratamento contra a covid e 11 estavam disponíveis. O município da região metropolitana de Goiânia tinha 17 leitos ocupados e 18 vagos.

 

O número sinaliza a importância da vacinação e da manutenção de medidas de prevenção à doença, como uso de máscara, evitar aglomeração e higienização das mãos. A vacinação no estado de crianças entre 5 e 11 anos de idade começou em janeiro deste ano, mas muitas famílias ainda resistem.

 

Um levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.904.851 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.330.989 pessoas, e 2.772.764  pessoas já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 58,03% já receberam uma dose da vacina. 

 

Esses dados são preliminares e coletados junto ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde. Há 27.768 óbitos confirmados de covid em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,52%. Há 67 óbitos suspeitos que estão em investigação. 

Confira a nota de esclarecimentoda SES-GO sobre o assunto:

Em Nerópolis foram abertos mais 35 leitos de enfermaria e 40 de UTI para pacientes com Covid-19. O CRER abriu 10 enfermarias e 10 de UTIs, e no Hospital Estadual Centro-Norte Goiano foram abertos 30 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) monitora o número de casos diariamente, e avalia rotineiramente a necessidade de abertura de novos leitos.

Diariamente, é publicado no site da SES-GO boletim com dados sobre leitos Covid-19. https://datasets.saude.go.gov.br/docs/coronavirus/boletim/boletim.pdf

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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