Leitura do parecer da reforma da Previdência é adiada para amanhã (19)

A leitura do relatório na comissão que discute a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados será adiada para amanhã (19), segundo o presidente da comissão, deputados Carlos Marun (PMDB-MS). Ele participa na manhã de hoje (18) de um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer, ministros de Estado e deputados da base aliada do governo.

“Tendo em vista a intensidade das conversações que se estabeleceram ontem, que vão se estabelecer ainda hoje nesse café da manhã e outras tratativas que acontecerão, o relator solicitou mais algumas horas para poder, inclusive, incluir no relatório o resultado dessas conversações”, disse Marun, após conversa com Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Segundo ele, o governo não vê prejuízo na alteração da data já que o calendário de votação na comissão está mantido para a próxima semana, entre 26 e 27 de abril. “É melhor concedermos mais horas para que tenhamos amanhã um texto definitivo”, disse Marun.

O deputado explicou que o relator Arthur Maia tem hoje uma nova reunião com os senadores para também incorporar ao texto suas proposições e facilitar a aprovação do projeto no Senado. O presidente da comissão ressaltou, entretanto, que não há possibilidade de novo adiamento da leitura do relatório.

A principal questão que ainda está em discussão, segundo Marun, é a idade mínima para aposentadoria. Segundo ele, existe o entendimento de boa parte da base, não só da bancada feminina, de que efetivamente deve se manter uma diferenciação entre a idade mínima de aposentadoria de homens e mulheres. “Não é uma unanimidade, mas estamos avançando no sentido de chegar a bom termo”, disse.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos