Léo Jabá, ex-Corinthians, sonha com vaga histórica contra o Palmeiras: conheça sua trajetória internacional e reencontro com Abel Ferreira.

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Ex-Corinthians conheceu Abel “antes da fama” e sonha com vaga histórica contra o
Palmeiras

Peça-chave do São Bernardo, Léo Jabá mira classificação no Paulistão em
reencontro com técnico que o comandou no DE, da Grécia: “Treinador muito bom
para quem quer crescer”

Guarani perde para o São Bernardo e deixa liderança do grupo B
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Guarani perde para o São Bernardo e deixa liderança do grupo B

O São Bernardo fez história ao terminar a fase de grupos do Paulistão na
liderança da chave mais disputada do torneio. Agora, às vésperas do duelo
decisivo contra o Palmeiras, neste sábado, pelas quartas de final, um dos
destaques da equipe é Léo Jabá: uma revelação do Corinthians que conhece o
técnico Abel Ferreira antes mesmo de o Verdão tê-lo contratado, em 2020.

O atacante vem se consolidando como peça fundamental no ataque do Tigre, com
quatro gols na competição, e trabalhou com Abel quando ele era um mero
“desconhecido” no PAOK, da Grécia – clube que Léo defendeu entre 2018 e 2022,
com um empréstimo ao Vasco no meio.

Ele gosta de extrair o melhor do atleta, né? Confia muito, tem a cobrança que
é normal, mas gosta de extrair muito isso do atleta, o melhor. Isso é muito bom
para quem quer crescer, para quem quer evoluir, melhorar. É muito bom ter
treinador desse jeito – relembra o jogador, que trabalhou com Abel entre 2019 e
2020, logo antes do acerto com o Palmeiras.

O jogador chegou ao Bernô em 2023. No ano passado, defendeu o Vitória e o
Estrela Amadora, de Portugal, antes de retornar ao time do ABC nesta temporada.
O início promissor do atleta na competição estadual se deve muito ao ambiente do
clube, ao trabalho do staff e ao apoio dos companheiros, que formam uma
verdadeira família.

Estou muito feliz por esse início de temporada. Não tenho dúvida que é o meu
início mais promissor assim, todos os anos, ainda mais eu que voltei de uma
lesão agora, então foi um início muito, muito bom pra mim. E ter ajuda dos meus
companheiros, do staff, me dando confiança, isso ajuda muito. Por que o nosso
dia a dia é muito leve, isso ajuda também, se transferindo paro campo. Lógico
que tem a cobrança, porque querendo todos querem ganhar, querem vencer, mas o
dia a dia é muito leve. A gente fala que é uma família, tem brincadeira, mas tem
hora de ser sério, tem a hora da cobrança, então, é bem um DNA de família –
disse o jogador.

+ Veja a tabela do Paulistão 2025
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1 de 2 Léo Jabá comemora gol do São Bernardo contra a Portuguesa — Foto: Ronaldo
Barreto/Ag. Paulistão

RODANDO PELO MUNDO

A trajetória de Jabá no futebol mostra um jogador que soube se reinventar.
Revelado pelo Corinthians, ele teve passagens pelo futebol europeu, atuando na
Rússia, Grécia e Portugal, antes de retornar ao Brasil. Cada experiência ajudou
a moldar seu estilo de jogo.

Quando eu saí do Corinthians, eu estava acostumado sempre a jogar no 4-3-3,
né? Aí cheguei na Rússia, ainda peguei o mesmo formato, na Grécia no meu
primeiro ano também. Quando chegou o Abel, já foi pra essa linha de cinco, né,
que é com três zagueiros. Aí já tem que aprender a jogar por dentro, né? Porque
antes estava acostumado a jogar com pé na linha. Isso me ajudou porque acabou
facilitando meu jogo, eu comecei a jogar por dentro. Igual em Portugal, fiz
muito também papel de meia. Então, foram experiências que acabaram me ajudando e
também me fazendo crescer até no futebol, nessa questão de se adaptar em
qualquer formato de treinador – comenta Léo.

A experiência no exterior também é compartilhada com os companheiros de equipe.

De cada país, de cada clube, de cada experiência que eu tive, hoje eu trago
comigo, isso me ajuda no dia a dia no clube. E também ajudar meus companheiros
que querendo, não, alguns são mais jovens ou quem não teve tanta experiência.
Hoje eu sou um dos líderes no São Bernardo pela questão de experiência. Sou
jovem, tenho 26 anos, mas eu procuro passar tranquilidade, ter sabedoria, porque
nem tudo é fácil. E a gente tenta também tirar um pouco dessa pressão e trazer
pra nós. Então, eu procuro dividir isso com meus companheiros – comenta o
atacante.

Uma curiosidade marcante aconteceu quando o jogador morou na Rússia e ainda não
conhecia os costumes locais.

Na Rússia eu era muito novo e eu não sabia que era um país muçulmano e as essa
questões de regras. E eu, Felipe Sampaio, que é zagueiro do Botafogo, quando
chegamos na cidade, fomos dar uma volta. Estava um calor e eu vesti uma bermuda.
O pessoal passava na rua xingando, buzinando, e eu estava sem entender nada. Na
hora ligamos para o tradutor, o tradutor perguntou se eu fiz alguma coisa. Aí
ele perguntou como eu estava me vestido, quando respondi ele foi até lá me
buscar. Foi uma experiência diferente, mas foi muito importante para mim, para
amadurecer como homem e também como atleta – relembra o atleta.

O confronto contra o Palmeiras terá um sabor especial, já que Léo trabalhou com
o técnico Abel Ferreira no PAOK e sempre admirou a forma como o treinador
português valorizou as categorias de base e extraiu o melhor de seus jogadores.

Eu falo isso sempre na questão desse carinho que ele tem com os atletas da
base, né? A gente vê isso no Palmeiras aqui, lá no PAOK ele subiu cinco ou sete
atletas de base, colocou para jogar e isso acabou virando até renda para o
clube. Isso me impressionou muito, que o clube não tinha muito essa questão de
subir tantos atletas assim e ele tem esse olhar muito bom para a base.

2 de 2 Leo Jaba PAOK Salonika x BATE Borisov — Foto: Divulgação / PAOK Salonika

Agora, ele reencontra o antigo comandante em um duelo decisivo, no qual o São
Bernardo pretende surpreender o atual tricampeão paulista.

Vai ser um jogo decidido no detalhe. Claro, vamos estar dentro da nossa casa,
com o apoio do nosso torcedor, mas sabemos que vamos enfrentar uma grande equipe
nos últimos anos sempre chegou na final do Campeonato Paulista. Não é hipocrisia
falar que é o grande favorito, a gente sabe disso, mas do outro lado também terá
11 atletas com a camiseta do São Bernardo que têm sonhos, que trabalham muito.
Desde novembro a gente sonha por esse momento das quartas de finais, estamos com
os pés no chão, estudando muito a equipe do Palmeiras, estamos bem focados para
fazer um grande jogo.

A gente sabe como que é futebol. Se nós trabalharmos bem nesse jogo, fizermos
uma grande partida e se Deus quiser, conseguir essa tão sonhada classificação
que ficará marcado na história de São Bernardo. Porque pela primeira vez vamos
estar jogando as quartas de final em casa, imagina conseguir essa tão sonhada
classificação aí para uma semifinal, será um marco histórico – enfatiza o
jogador.

O São Bernardo e o Palmeiras se enfrentam pelas quartas de final do Paulista na
noite de sábado, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Primeiro de Maio. É jogo
único. Quem vencer, avança. Empate leva a decisão para os pênaltis.

*Colaborou sob supervisão de Diego Ribeiro

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