Técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim vai de sorrisos para Abel à indignação; veja reações
O ge acompanhou os passos do treinador de perto em um duelo com o Palmeiras, que terminou com uma declaração forte sobre o futebol brasileiro. Os olhos demostravam a frustração e a chateação de um treinador que falou pouco na coletiva após o empate do Cruzeiro com o Palmeiras, por 1 a 1. Leonardo Jardim começou a noite sorridente, mas terminou com um desabafo sobre mais uma partida que teve a arbitragem no centro das atenções.
Antes do jogo, o treinador carregava um semblante leve ao falar sobre o duelo com o Palmeiras, ainda nos corredores do estádio adversário. No gramado, cumprimentou o conterrâneo Abel Ferreira (com quem trabalhou no Sporting, de Portugal) com um abraço forte, com sorriso no rosto. Quando a bola rolou, alternava gestos de apoio e alinhamento de posicionamento, com momentos de silêncio e observação.
No entanto, aos 13 minutos, um lance decisivo gerou mudanças significativas no comportamento de Jardim. Com a possível expulsão de Gustavo Gómez em análise no VAR, o treinador precisou fazer a primeira troca no time. Enquanto o lance era analisado, os ânimos de Jardim se transformaram, primeiro devido à demora da análise no VAR e depois pela discordância da decisão do árbitro, Rafael Klein, que aplicou um cartão amarelo ao zagueiro do Palmeiras.
Com as mãos, Jardim fazia sinais de reprovação e incredulidade, ao mesmo tempo em que sinalizava para os jogadores terem cabeça no lugar, em momento de nervosismo do Cruzeiro, que acabou cometendo faltas em sequência. No final do primeiro tempo, ele desceu rapidamente para o vestiário. No segundo tempo, a revolta de Jardim com a arbitragem continuou, culminando na expulsão de Fabrício Bruno aos 26 minutos. O treinador gesticulava repetidamente e ao fim do jogo expressou toda sua frustração.
Leonardo Jardim chegou ao Brasil em fevereiro deste ano e, apesar de outros momentos de reclamação contra a arbitragem, a reação desse domingo foi a mais forte do treinador à beira do campo. A expressão leve e tranquila do início deu lugar à tensão ao chegar na sala de coletiva de imprensa. Com os olhos cheios de lágrimas, o treinador fez duras críticas ao funcionamento do futebol brasileiro, em especial à arbitragem, questionando se valia a pena continuar no país.
Ele encerrou a coletiva dizendo que seria a melhor opção parar de falar e deixou a sala acompanhado de Joaquim Pinto, scout do Cruzeiro, e da assessoria do clube. Os jogadores decidiram por não falar com a imprensa e deixaram o estádio rumo a Belo Horizonte, em voo fretado. No estádio, Cássio foi a voz do elenco e outros jogadores como William, Matheus Henrique e Wanderson manifestaram indignação com o lance através das redes sociais, marcando o perfil da CBF.




