Lesão de José Martínez: Cirurgia, Recuperação e Retorno em Detalhes

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Lesão de José Martínez: entenda gravidade e tempo de recuperação

Volante venezuelano do Corinthians quebrou um dos ossos da mão durante treino, passou por cirurgia e deve ficar cerca de dois meses longe dos gramados

José Martínez quebra a mão no treino
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José Martínez quebra a mão no treino

O volante José Martínez é mais um jogador a entrar na lista de lesionados do Corinthians. O jogador passou por cirurgia após fraturar um osso da mão esquerda e será desfalque da equipe pelas próximas semanas. Entenda mais detalhes sobre a lesão, etapas de recuperação e prazo de retorno nesta matéria do EU Atleta.

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Martínez fraturou o quarto metacarpo, o osso que conecta o dedo anular ao punho. Fraturas nesse local geralmente ocorrem por impacto direto ou torção e são comuns em esportes de contato, associadas a quedas ou pancadas. Essa é uma lesão que gera dor localizada, inchaço e limitação para fechar a mão ou apertar objetos.

O tratamento desse tipo de lesão costuma ser feito com imobilização, com gesso ou talas. Entretanto, Martínez precisou passar por cirurgia. Ele sofreu a fratura durante um treino no CT Joaquim Grava, na última terça-feira, e, um dia depois, realizou o procedimento cirúrgico no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A cirurgia – em que geralmente o médico usa materiais de fixação (placas, parafusos ou pinos) para manter o osso na posição correta enquanto consolida – é indicada no seguintes casos para fratura no quarto metacarpo:
Quando a fratura é instável ou com desvio angular ou de rotação;
Quando há envolvimento da articulação;
Quando a fratura é exposta;
Quando o paciente precisa de recuperação rápida, como é o caso de um atleta.

No caso do José Martínez, a cirurgia provavelmente foi necessária porque a fratura apresentava desvio ou instabilidade, e no futebol profissional é essencial restabelecer a função plena da mão para contato, quedas e equilíbrio corporal.

TEMPO ESTIMADO DE RETORNO

Após a cirurgia, a consolidação óssea costuma ocorrer em um período de seis a sete semanas, segundo a literatura médica. Em alguns casos entre jogadores de futebol, o retorno às competições pode acontecer até antes, já que a mão não é utilizada como gesto técnico principal da modalidade.

Martínez poderá voltar a atividades leves entre quatro e seis semanas após a cirurgia. Treinos de contato moderado costumam ser permitidos entre a sexta e a oitava semana. O retorno ao alto rendimento normalmente é possível de oito a dez semanas, desde que haja consolidação e força preservada.

Martínez provavelmente ficará dois meses afastado para consolidar a fratura, passando por fisioterapia intensa desde a primeira semana após a cirurgia, com liberação progressiva para retornar ao futebol sem perda funcional da mão.

Dessa forma, o venezuelano deverá voltar aos gramados somente no final de outubro. Ele é mais um da lista dos principais jogadores do Corinthians que ficará fora dos gramados pelas próximas semanas por conta de lesão, juntando-se a Yuri Alberto (hérnia inguinal), Memphis Depay (lesão de grau 2 na coxa), André Carrillo (entorse ligamentar no tornozelo).

ETAPAS DE RECUPERAÇÃO

Segundo César Janovsky, essas podem ser as etapas de recuperação para a fratura no quarto metacarpo são as seguintes:

Pós-operatório imediato (primeira semana):
– Controle da dor e do edema;
– Imobilização curta, mas já com estímulo a movimentos leves e controlados para evitar rigidez;

Semanas 2 a 6:
– Início de fisioterapia ativa: exercícios de mobilidade dos dedos e punho;
– Uso de órtese ou tala removível para proteção, sem impedir os treinos de movimento;

Semanas 6 a 8:
– Ganho de força, exercícios funcionais de preensão e coordenação;
– Introdução progressiva de atividades esportivas leves;

Após 8 semanas:
– Retorno gradual a treinos específicos do esporte;
– Monitoramento para prevenir rigidez e complicações (como pseudoartrose ou infecção).

Atividades diárias são permitidas, mas normalmente tem um pouco de restrição de peso – diz Lúcio Gusmão, médico ortopedista especialista em dor crônica e em Medicina Regenerativa.

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