O Ministro da Cultura do Líbano, Mohammad Mortada, emitiu uma recomendação pedindo a proibição do filme “Barbie” no país na última quarta-feira, 9. De acordo com o político, o longa supostamente promove a homossexualidade e a transformação sexual, afirmando ser algo contra os valores de fé, moralidade e enfraquece a coesão familiar.
Em resposta ao pedido de Mortarda, o Ministro do Interior, Bassam Mawlawi, solicitou ao Comitê Central de Segurança, que está encarregado da censura e opera sob a alçada do Ministério do Interior, para conduzir uma revisão do filme e emitir uma decisão definitiva sobre a exibição.
Segundo os relatos divulgados, o ministro da cultura recebe apoio do grupo Hezbollah. O líder, Sayyed Hassan Nasrallah, tem intensificado uma retórica contrária à comunidade LGBTQIAP+, chegando até mesmo a defender a pena de morte pois considera como “atos criminosos”.
No mesmo dia, o Kuwait também adotou medidas proibindo o filme da boneca mais famosa do mundo e um outro de terror intitulado “Fale comigo”. A justificativa dada pelas autoridades é a proteção da ética pública e preservação das tradições sociais.
Fenômeno Barbie
Com apenas três semanas desde que foi lançado, o filme dirigido por Greta Gerwig e distribuído pela Warner Bros já ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões) globalmente. Este é o primeiro longa dirigido por uma mulher a arrecadar esse valor que ainda continua contando.