Líder de jihadistas prevê fim iminente do regime de Bashar na Síria

Fim do regime Bashar na Síria está próximo, diz líder de jihadistas

Neste sábado, rebeldes iniciaram um cerco contra a capital da Síria, Damasco, na tentativa de derrubar o regime de Bashar al-Assad

Abu Mohammed Al-Jolani, líder da recente ofensiva de grupos rebeldes na Síria, se mostrou confiante e disse que o fim do regime de Bashar Al-Assad no país está próximo. A declaração do militante sírio, classificado como terrorista por diversas nações, aconteceu neste sábado (7/12).

“Aos nossos heróicos revolucionários, vocês estão no limiar de Homs e Damasco, e a derrubada do regime criminoso está no virar da esquina”, disse Al-Jolani em um comunicado. “Recomendo a vocês, meus irmãos, misericórdia, bondade e gentileza para com nosso povo nas cidades e vilas em que vocês entram, humildes pioneiros”.

Desde 27 de novembro, o governo de Bashar al-Assad enfrenta o maior desafio na Síria nos últimos anos.

Sob o comando de Al-Jolani, o Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) iniciou uma surpreendente ofensiva contra posições controladas por forças ligadas a Assad no território sírio. O grupo conta com a ajuda de outras organizações jihadistas do país.

Alepo foi o primeiro alvo da ação, chamada pelo HTS de “Dissuasão da Agressão”. Após capturar a segunda maior cidade da Síria, os rebeldes marcharam em direção a outras províncias do país, ganhando territórios e expulsando tropas de Assad dos locais.

Neste sábado, jihadistas tomaram o controle de distritos e vilas próximas a Damasco, e iniciaram um cerco contra a capital síria.

Apesar do risco de ser derrubado do poder, Assad continua em Damasco, segundo comunicado divulgado por seu gabinete presidencial.

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Ataque a tiros em assentamento do MST foi motivado por briga interna, diz polícia

O MST: ataque a tiros não teve relação com o movimento, diz polícia

Delegado responsável pela investigação afirma que motivação do ataque a
assentamento foi uma briga interna envolvendo a venda de um lote

São Paulo — Um dos delegados responsáveis pela investigação sobre o ataque a
tiros em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
em Tremembé, no interior de São Paulo, afirmou que o crime não teve relação com
o movimento e que a motivação teria sido um desentendimento interno. Até o final
deste sábado (11/1), duas mortes haviam sido confirmadas. Seis pessoas ficaram
feridas.

De acordo com o delegado Marcos Ricardo Parra, da Delegacia Seccional de
Taubaté, os tiros ocorreram após um confronto motivado por um desentendimento
envolvendo a negociação de um lote dentro do assentamento.

“Se desentenderam com uma questão local, nada relacionado com o movimento ou com
invasão e de defesa de terra. A intenção do grupo não era tomar posse. Era uma
cobrança no sentido de que [alguma] pessoa não estava aceitando a negociação.
Foi uma desinteligência totalmente fora de controle por motivos internos da
organização do assentamento”, afirmou o delegado em coletiva de imprensa neste
sábado.

Um homem de 41 anos suspeito de ser o mentor do ataque foi preso
na tarde deste sábado (11/1) pela Polícia Civil de São Paulo.
Trata-se de Antonio Martins dos Santos Filho. Com apelido de “Nero do Piseiro”, ele já tinha uma condenação por porte
ilegal de arma de fogo.

Ainda de acordo com o polícia, Nero confessou o crime e está colaborando com a
investigação para a localização dos demais envolvidos “Ele está indicando onde
podem ser encontradas as demais pessoas. Além de ter confessado, ele foi
reconhecido por algumas vítimas e testemunhas”, afirmou.

A Polícia Civil já identificou pelo menos mais um participante do ataque. Outros
nomes estão sendo investigados.

O QUE ACONTECEU:

– Segundo o MST, homens armados teriam invadido o assentamento Olga Benário por
volta das 23h dessa sexta-feira (10/1).
– No momento do ataque, 10 pessoas, entre crianças e idosos, estavam no local.
Duas morreram e seis ficaram feridas.
– Os mortos foram identificados como Valdir do Nascimento, conhecido como
“Valdirzão”, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28.
– Outros dois feridos foram internados em estado grave. Ministros do governo
Lula (PT) lamentaram o episódio e cobraram punição aos envolvidos.
– Em ligação, Lula expressou solidariedade às vítimas e prometeu uma visita à
região.
– O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) enviou um ofício à Polícia
Federal (PF), neste sábado (11/1), determinando a abertura de um inquérito
para apurar o ataque.
– De acordo com o MJSP, uma equipe da PF, composta por agentes, perito e
papiloscopista, se deslocou ao local do ataque para investigar a ação.

LIGAÇÃO

O MST informou que o presidente Lula ligou para a direção nacional do grupo e
expressou solidariedade às famílias das vítimas. Ainda segundo o movimento, o
titular do Planalto deve visitar a região assim que puder voltar a viajar de
avião. Ele ainda se recupera de uma cirurgia na cabeça.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e o ministro do Desenvolvimento
Agrário, Paulo Teixeira, vão a Tremembé, entre este sábado (11/1) e domingo
(12/1), para acompanhar a investigação.

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