Líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), respondeu às declarações do presidente da Casa, Hugo Motta, questionando o voto contrário do governo Lula ao projeto Antifacção. Lindbergh apontou que a escolha de Guilherme Derrite para relatar o projeto acabou desvirtuando a proposta original do Executivo. Em entrevista, Lindbergh afirmou que a responsabilidade de explicar deveria ser do presidente da Câmara, não do governo. Ele criticou a condução de Motta no combate às facções criminosas, considerando equivocada desde o início.
Para o líder do PT, a problemática iniciou com a seleção do relator. Segundo Lindbergh, o relator deveria ser neutro e ter capacidade de diálogo, o que não teria sido o caso com Derrite. O deputado ainda mencionou que o texto do projeto passou por extensos estudos e diálogos com o ministro da Justiça.
Além disso, Lindbergh criticou a escolha de Derrite para a relatoria, apontando que ele se posiciona contra a política de segurança do governo. O parlamentar revelou ter alertado Motta sobre os possíveis impactos da escolha do relator, que acabou por retirar poderes da Polícia Federal, modificando o cerne da proposta original. Segundo Lindbergh, essa ação compromete o objetivo de construir um novo pacto federativo.
Ainda na entrevista, Lindbergh destacou que é fundamental um diálogo eficaz e imparcial para construção de legislações como o projeto Antifacção. Ele ressaltou a importância de se considerar os interesses de segurança pública e a integração das forças policiais. O líder do PT enfatizou a necessidade de uma atuação mais alinhada com os princípios e propostas do governo para um resultado efetivo na luta contra as facções criminosas.




