Abu Mohammed al-Jawlani, de 42 anos, surpreendeu a população de Aleppo na semana passada. Após marchar triunfante sobre a segunda maior cidade da Síria, o principal comandante das forças rebeldes que enfrentam o regime do presidente Bashar al-Assad emitiu decretos ordenando a proteção de cristãos e xiitas. Ele também exigiu que seus homens não fizessem retaliações contra grupos minoritários. No entanto, grupos de direitos humanos denunciaram detenções arbitrárias realizadas por suas forças. A promessa de tolerância religiosa de al-Jawlani é vista com ceticismo por muitos observadores, devido ao histórico de sua participação anterior com o Estado Islâmico e a al-Qaeda. Sua liderança foi fortemente associada a políticas extremistas e perseguições religiosas. A comunidade internacional está atenta à situação em Aleppo, preocupada com a possibilidade de violações dos direitos humanos no novo controle rebelde da cidade. Al-Jawlani precisa demonstrar na prática o compromisso com a tolerância e o respeito aos direitos de todas as comunidades para obter a confiança necessária. O desafio de conciliar uma luta rebelde com valores de inclusão e respeito à diversidade religiosa é fundamental para a legitimidade e estabilidade do controle exercido por sua facção em Aleppo. A tensão entre as promessas de al-Jawlani e as denúncias de abusos cometidos por suas tropas cria um cenário volátil na cidade, onde a população aguarda atenta por sinais concretos de mudanças efetivas.