Líder religiosa acolhe jovem que disse estar em dificuldade financeira e sofre golpe de R$ 18 mil, diz polícia
Empréstimo foi realizado no nome da filha deficiente da mulher. Valores eram descontados do Benefício de Prestação Continuada (BPC) recebido pela vítima.
Busca e apreensão na residência do suspeito de furtar documentos e aplicar golpe em mulher e sua filha com deficiência, em Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Uma líder religiosa de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF), abrigou um jovem de 21 anos que dizia passar por dificuldades financeiras e acabou sofrendo um golpe. Segundo a Polícia Civil, o rapaz é suspeito de furtar os documentos da mulher e sua filha, que é deficiente mental, e realizar um empréstimo de aproximadamente R$ 18 mil. A polícia ainda investiga o envolvimento de outro suspeito.
Como o nome dos suspeitos não foi divulgado, o DE não conseguiu localizar a defesa deles para que pudessem se posicionar sobre o caso.
As investigações apuram que o empréstimo foi realizado no primeiro semestre de 2024. A denúncia foi feita após a mulher perceber que os valores das parcelas estavam sendo descontados do Benefício de Prestação Continuada (BPC) recebido por sua filha.
De acordo com o delegado, João Carlos Freitas Junior, responsável pelo caso, o empréstimo foi realizado no nome da filha deficiente, e o dinheiro era depositado em uma conta criada pelo suspeito no nome da mãe da vítima, onde parte do dinheiro foi sacado.
> “O empréstimo foi feito no nome da filha, mas usando os documentos da mãe que é a tutora. Como se a mãe estivesse abrindo [o empréstimo] em nome da filha”, explica o delegado.
Um mandado de busca e apreensão foi realizado na residência do suspeito na Região Administrativa do Sol Nascente, no DF, onde a polícia descobriu documentos que podem levar a uma outra vítima. Segundo o delegado, os documentos encontrados serão investigados pela Polícia Civil do DF.
Ainda de acordo com a polícia, um outro jovem pode ter envolvimento no crime, isso porque no contrato de empréstimo encontrado constam os dados desse outro suspeito. Nenhum dos investigados foi preso, mas caso seja confirmada a autoria dos crimes os suspeitos podem pegar até 8 anos de prisão por furto qualificado, diz a polícia.