Líderes da oposição são presos novamente na Venezuela

Os líderes opositores venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ledezma foram presos novamente durante a madrugada desta terça-feira (1), denunciaram parentes e aliados dos políticos. De acordo com eles, o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) foi o responsável pela “captura”.

“Urgente: Acabam de levar Leopoldo de casa. Não sabemos onde ele está e nem para onde o levaram. [Nicolás] Maduro é responsável se algo acontecer”, escreveu a esposa de López, Lilian Tintori, em sua conta no Twitter.

Pouco tempo depois, ela publicou um vídeo com imagens das câmeras de segurança da casa onde é possível ver os agentes do Sebin colocando o líder da oposição em um carro oficial.

Já a prisão de Ledezma, ex-prefeito da capital Caracas, foi denunciada por diversos políticos, entre eles, o prefeito de El Hatillo, David Smolansky. Assim como Tintori, ele usou o Twitter para informar que a “ditadura covarde” havia feito a prisão e publicou um vídeo na hora da detenção. Ledezma também cumpria prisão domiciliar.

López foi preso e levado para prisão em fevereiro de 2014. Já na cadeia, ele foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por associação para crimes, incêndio, danos à propriedade pública e instigação de violência em protestos.

No dia 8 de julho, ele foi libertado do presídio de Ramo Verde para cumprir sua condenação em regime domiciliar após cerca de três anos detidos.

O ex-prefeito de Caracas estava em regime domiciliar por motivos de saúde após a prisão em 2015 sob a acusação de conspiração golpista e instigação à violência em protestos.

Apesar de não haver informações oficiais pela prisões, é muito provável que elas estejam relacionadas com a série de protestos que estão ocorrendo contra o presidente Nicolás Maduro. Eles se intensificaram no último domingo (30), quando ao menos 10 pessoas morreram durante a votação da Assembleia Constituinte.

A oposição convocou uma série de protestos, que ocorrem desde o dia 1º de abril, contra a Constituinte por considerar que a eleição viola os princípios da Constituição venezuelana e por acusar Maduro de querer se perpetuar no poder.

– Sanções dos EUA: Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que seu governo estava impondo sanções contra Maduro e representantes de seu governo, o líder de Caracas afirmou que as sanções “do império” não o “intimidam” e que elas são sinal “de impotência e desespero de Trump”.

“Não me intimidam as ameaças e sanções do império, não me intimidam nada neste mundo. Nesse mundo não tenho medo de nada porque Deus não o temo, eu o amo. Eu não obedeço ordens imperiais de governos estrangeiros, nem hoje nem nunca obedecerei ordens imperiais”, disse Maduro a seus pares.

O presidente venezuelano afirmou ainda que é um líder “livre e independente”, mas “anti-imperialista, anticolonialista, antirracista e contra o Ku Klux Klan que governa a Casa Branca”, em uma referência ao grupo de supremacistas brancos norte-americanos.

“Mais de 10 milhões de venezuelanos estão dispostos a pegar em fuzis apara defender a América se for necessário”, ameaçou ainda.

– Itália: Após ter afirmado que o governo de Roma não reconhece a votação da Assembleia Constituinte, como ocorreu com grande parte dos governos regionais, o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, voltou a se manifestar sobre a Venezuela.

“Venezuela. Prender líderes da oposição é inaceitável. Itália está empenhada contra o risco de ditadura e guerra civil”, escreveu em sua conta no Twitter.

As informações são da Agência ANSA

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Papa Francisco celebra missa de natal e inicia Jubileu de 2025

No dia 24 de dezembro, o Papa Francisco presidiu a tradicional Missa do Galo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, marcando o início do Jubileu de 2025. Esta celebração foi especialmente significativa, pois o pontífice também abriu a Porta Santa, um gesto que ocorre apenas em anos jubilares.

A Missa do Galo, celebrada na véspera de Natal, é um dos momentos mais sagrados do calendário católico. Nesta ocasião, o Papa Francisco refletiu sobre a esperança trazida pelo nascimento de Jesus Cristo. “Jesus é a nossa esperança”, destacou o Papa, enfatizando a importância de manter a porta do coração aberta para a grande esperança que é o menino Jesus.

A abertura da Porta Santa é um rito solene que inclui a proclamação de uma leitura do Evangelho de São João, especificamente o versículo “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo” (João 10:9). Este gesto simbólico convida os fiéis a atravessar a Porta Santa com fé, buscando a indulgência plenária, um perdão por seus pecados.

História do Jubileu

O Jubileu, que começou no ano de 1300 a pedido do Papa Bonifácio VIII, é um período especial de reflexão e penitência para a Igreja Católica. O Jubileu de 2025 será marcado por várias celebrações, incluindo a abertura de portas santas em outras basílicas do Vaticano, como a Basílica de São João de Latrão no dia 29 de dezembro e a Basílica de Santa Maria Maior no dia 1º de janeiro.

As portas santas serão fechadas no dia 28 de dezembro de 2025, encerrando o Jubileu. Este período é uma oportunidade única para os fiéis se aproximarem da Igreja e buscar a graça divina.

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