Liminar suspende escalonamento para postos de combustível em Aparecida

Na noite desta quarta-feira, 22, liminar deferida pelo Sebastiao Luiz Fleury, da comarca de Aparecida de Goiânia, determinou que 48 dos 110 postos de combustível do município voltem a funcionar de forma ininterrupta. A decisão atende ao pedido do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto) e faz os 48 estabelecimentos do município que são filiados saírem do rodízio de macrozonas do decreto municipal.

O presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, argumenta que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) regulamentou os postos de combustível como serviços essenciais. Com isso o órgão federal se posicionou contra o fechamentos dos estabelecimentos.

“Os postos de combustíveis têm um horário mínimo regulamentado para funcionar. Ele nunca pode funcionar abaixo daquele horário, somente além dele. Sem a pandemia, ele era obrigado a funcionar das 6h às 20h. Com a pandemia, esse horário mudou das 7h às 19 horas, de segunda a sábado. Com isso, a prefeitura não poderia fazer decreto pra prever o fechamento dos postos”, explica o presidente do Sindiposto.

Em relação a pandemia, Márcio afirma que o sindicato tem orientado os postos associados a adotarem as medidas prevista pelo governo para previnir funcionários e clientes da contaminação do Covid-19. “Nos postos, o distanciamento já é algo comum,  mas orientamos o uso de máscara, a disponibilização de álcool em gel e álcool 70 para higienização das mãos e máquinas de cartão e bombas após cada uso. Além disso, deve ter informativos para os colaboradores, bem como a medição da temperatura diariamente”, conclui.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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