Espécie rara, gato-palheiro melânico é filmado pela primeira vez no Parque Nacional das Emas, em Mineiros

Espécie rara, gato palheiro melânico é filmado pela primeira vez no Parque Nacional das Emas, em Mineiros

Presente na lista de animais em extinção, o gato-palheiro melânico foi flagrado e registrado em vídeo, primeira vez, no Parque Nacional das Emas, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. O registro foi feito pelo analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Kennedy Borges, que trabalha na agenda de uso público e pesquisas na unidade no Parque.

No momento do registro, o animal capturava uma presa no final de setembro, mas o vídeo só foi divulgado pelo ICMBio na última semana. O gato da mesma espécie com pelagem malhada é vista com frequência pelos funcionários do órgão, mas o melânico foi a primeira vez.

Ainda no mesmo dia, outro analista do ICMBio também conseguiu fotografar o raro animal no Parque. O analista Raphael Ribeiro Francisco conseguiu fotografar o felino de outros ângulos.

Segundo o ICMBio, ver animais da espécie é muito difícil, pois além de raros, são de pequeno porte, furtivos, discretos e rápidos. Ao perceberem algum movimento, logo entram na vegetação. Os gatos-palheiros pesam entre 3 a 5kg, se alimentam de presas que conseguem capturar com saltos, em especial roedores, lagartos e aves.

O que a ciência sabe sobre a espécie

Os gatos-palheiros são encontrados distribuídos pelo continente sul-americano, mas a espécie presente no Parque Nacional das Emas é a Leopardus braccatus. Entretanto, até 2020, pensava-se que os gatos-palheiros eram uma única espécie, a Leopardus colocola, mas um estudo concluiu que há cinco espécies.

Das cinco espécies, há duas espécies no Brasil: o Leopardus braccatus, no Cerrado e no Pantanal, e o Leopardus munoai, no Pampa. De acordo com o ICMBio, os maiores riscos que ameaçam a existência da espécie são os atropelamentos e a perda de habitat.

 

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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