Lista com nome dos sorteados para as moradias em Goiânia já está disponível

O Governo de Goiás concluiu no início da tarde desta sexta-feira (24,) o sorteio das 1.455 moradias nos residenciais Nelson Mandela (1.131 apartamentos) e Jardins do Cerrado 10 (324 casas sobrepostas), ambos em Goiânia. O sorteio foi transmitido ao vivo pela internet.

A lista com os nomes dos sorteados já se encontra no site da Agehab.

No próximo dia 29, quarta-feira, a Agência Goiana de Habitação (Agehab) vai divulgar a relação de documentos a serem entregues para posterior assinatura dos contratos e os procedimentos para concluir o processo de aquisição da unidade habitacional.

Confira o cronograma aqui.

As 1.455 moradias estão em fase final de execução e devem ser entregues até julho. No mês passado, o governador Marconi Perillo visitou o canteiro de obras dos dois residenciais e autorizou a Agehab a contratar mais 3,4 mil unidades habitacionais para a segunda etapa do Residencial Nelson Mandela, na Região Oeste de Goiânia.

“A Agehab assume a missão de ampliar as parcerias com os municípios e o governo federal para viabilizar a contratação de 30 mil moradias nos próximos dois anos”, frisa o presidente da Agehab, Luiz Stival, salientando que, em função dos investimentos do Governo de Goiás, a prestação para as famílias que forem contempladas com estas moradias vão variar de R$ 80 a R$ 270, em um financiamento de dez anos.

Sorteio
Participaram do sorteio 63.789 famílias de um total de 71.923 inscritos. Foram consideradas inabilitadas 8.173 inscrições por não se enquadrarem nas regras estipuladas no edital. Os inscritos inabilitados tiveram prazo para recurso administrativo, também conforme estipula o edital. Os motivos principais da inabilitação foram renda familiar superior a R$ 1.800, terem sido contempladas em outros programas habitacionais da União, Estado ou município e possuir outro imóvel.

Luiz Stival explica que as únicas famílias que não participarão do sorteio são as 44 inscritas com casos de microcefalia. Estas terão direito às moradias depois da comprovação documental de enquadramento nos critérios, conforme portaria do Ministério das Cidades. O presidente da Agehab assinala que o entendimento do MCidades é que as chances sejam maiores para aquelas famílias com maior vulnerabilidade social. Esse fato, diz ele, não exclui outros candidatos que também atendem os critérios, mas com menor vulnerabilidade.

O sorteio obedeceu à ordem prevista no edital. Os 3.258 portadores de deficiência física e 4.147 idosos foram sorteados primeiro, com cota de 3% das vagas. Os idosos e deficientes não sorteados concorreram no grupo geral.

Depois de descontadas as unidades habitacionais destinadas aos grupos prioritários, as unidades restantes foram distribuídas aos demais candidatos agrupados conforme segue: Grupo 1 – candidatos que atendam de 4 a 6 critérios concorrem a 60% das unidades habitacionais; Grupo 2 – candidatos que atendam de 2 a 3 critérios concorrem a 25% das moradias; e Grupo 3 – candidatos que atendam até 1 critério concorrem a 15% das habitações. Formado também cadastro reserva com 30% das vagas para cada grupo, caso os documentos solicitados não condigam com o informado no momento da inscrição.

Fonte: Goiás Agora

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Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece em estado grave, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN),em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi internada na unidade, às 21h12, de terça-feira, 24, após ser atingida por um tiro de fuzil na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís (BR-040), também naquele município.

Por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do HMAPN, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem foi levada para a unidade pela PRF. “A direção do HMAPN informa que a paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, hemodinamicamente instável, entubada e acompanhada por equipe multidisciplinar. A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou em nota divulgada no início da manhã desta quinta-feira, 26.

Em entrevista ontem no Hospital, a médica intensivista do Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, disse que mesmo em estado grave, Juliana Leite Rangel, tem reagido positivamente aos medicamentos que vem recebendo. “Do que ela chegou para agora não teve piora. Ela se manteve em um grau de gravidade que estabilizou com as drogas que estão entrando com a medicação e não teve piora, ou seja, a pressão se manteve com a medicação que está entrando. É uma paciente jovem, que foi atendida com rapidez e muita eficiência, que tem tudo para evoluir com positividade, mas não tem como a gente saber”, afirmou.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Investigatório Criminal, assinado pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, considerando que, conforme a Constituição de 1988 definiu, o órgão tem a incumbência da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

No texto, o procurador apontou que a jovem de 26 anos seguia de carro na companhia de familiares para comemorar o Natal e sofreu gravíssimos ferimentos. Benones destacou que ela não foi a única vítima, uma vez que o pai  dela, Alexandre, também foi baleado.

O procurador determinou que, considerando a necessidade de efetuar diligências, “visando a colheita de informações, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação deste órgão ministerial no caso aqui apresentado”, a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, dê informações sobre as providências adotadas. Requisitou ainda à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, também no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos.

O procurador requereu também o imediato afastamento das funções de policiamento dos policiais envolvidos no caso, além do recolhimento dos veículos “com total preservação de seu estado, conforme verificado após a ocorrência”.

Benones determinou ainda o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, “independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia”.

Para o HMAPN, o procurador pediu a expedição de um ofício para que o diretor da unidade informe ao MPF o estado de saúde das vítimas, independente de boletins médicos, bem como para o envio, de imediato, dos respectivos Boletins de Atendimento Médico de Juliana e de Alexandre.

Ainda no texto, o procurador determinou à Polícia do Ministério Público Federal que se dirija ao Hospital Adão Pereira Nunes, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, a identidade dos integrantes da equipe médica que prestou os primeiros socorros, bem como da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento”.

Inquérito

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a ocorrência da noite desta terça-feira, 24, que envolve policiais rodoviários federais. De acordo com a PF, as apurações começaram após ser acionada pela PRF.  Uma equipe esteve na Rodovia Washington Luís (BR-040) para realizar as medidas iniciais, como “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, contou em nota divulgada ontem.

Também em nota, a Polícia Rodoviária Federal  informou nesta quarta-feira, 25, que, por determinação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, foi aberto, na manhã de ontem, um procedimento interno para apuração de fatos relacionados aos disparos, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. De acordo com a PRF, “os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”.

A corporação disse lamentar profundamente o episódio e esclareceu que, por orientação da Direção-Geral, “a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”.

Quanto às investigações, indicou que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas apurações do caso.

Ministério da Justiça e Segurança Pública

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em nota divulgada pela pasta.

Lewandowski lamentou o incidente, que na visão dele, “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. Informa ainda que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas”, completou a nota.

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