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Lista de Fachin tem sete goianos

Última atualização 12/04/2017 | 14:35

Na noite da última terça-feira, 11, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou o sigilo das delações da Odebrecht e determinou a abertura de 76 inquéritos. Entre os investigados, estão nomes da política goiana.

O governador Marconi Perillo (PSDB), o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) foram citados. Além deles, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), o ex-senador Demóstenes Torres, o ex-deputado federal Sandro Mabel e o ex-prefeito de Trindade, Ricardo Fortunato, são alvos da lista de Fachin.

A lista de nomes faz parte de um total de 108 alvos de 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF. Os inquéritos foram baseados nas delações de 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, que possuem foro privilegiado.

No caso de Daniel e Maguito, foi determinada a abertura de inquérito no STF sob a acusação de recebimento de dinheiro para campanha via caixa dois. O processo contra Marconi foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). As denúncias contra os demais ficam a cargo da Justiça Federal em Goiás.

Respostas

Em nota, o governador Marconi Perillo afirmou que vai aguardar o processo para “verificar o teor das declarações apresentadas” antes de se manifestar. O governador asseverou que acredita na Justiça e “se necessário, elucidação de qualquer citação a seu nome, esclarecendo qualquer questionamento assim que conhecer o contexto da eventual citação”.

O deputado Daniel Vilela e o pai Maguito Vilela disseram que suas campanhas “foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela Justiça Eleitoral”. Maguito e Daniel refutaram as acusações e afirmaram que nunca estiveram e sequer conhecem os delatores. A nota ainda diz que eles “estão tranquilos e convictos de que a ação será arquivada porque não tem qualquer lastro na realidade”.

Iris Rezende afirmou que a denúncia lhe causa estranheza e que aguarda os desdobramentos com tranquilidade. O prefeito de Goiânia diz que todos os recursos de sua campanha foram apresentados e aprovados pelo TSE.

Advogados de Demóstenes Torres declararam que seu cliente desconhece o teor das delações, mas pode afirmar que nunca recebeu nenhum recurso eleitoral não declarado.

O ex-prefeito de Trindade, Ricardo Fortunato, e o ex-deputado Sandro Mabel não se pronunciaram.

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