“Livro ‘Amazônia Exótica – Volume 2’ revela curiosidades da fauna e flora em financiamento coletivo”

Obra reúne curiosidades sobre a flora e fauna da Amazônia e abre financiamento
coletivo para lançamento

Livro reúne décadas de pesquisa sobre a fauna, a flora e a cultura da Amazônia,
com ênfase em curiosidades, lendas e usos medicinais das plantas da região.

1 de 2 Pesquisadora reúne no livro décadas de pesquisa sobre a fauna, a flora e
a cultura da Amazônia, com ênfase em curiosidades, lendas e usos medicinais das
plantas da região — Foto: divulgação

Pesquisadora reúne no livro décadas de pesquisa sobre a fauna, a flora e a
cultura da Amazônia, com ênfase em curiosidades, lendas e usos medicinais das
plantas da região — Foto: divulgação

O livro “Amazônia Exótica – Volume 2”, da pesquisadora Olímpia Reis Resque, será
relançado pela Larêdo Editora por meio de uma campanha de financiamento coletivo
no Catarse, aberta até dia 27 de dezembro.

A obra reúne décadas de pesquisa sobre a fauna, a flora e a cultura da Amazônia,
com ênfase em curiosidades, lendas e usos medicinais das plantas da região. Como
incentivo, os apoiadores receberão recompensas exclusivas, como ecobags,
camisetas e marcadores de página ilustrados com gravuras históricas.

Organizado a partir de um extenso levantamento no acervo do Museu Paraense
Emílio Goeldi, o livro apresenta verbetes que exploram detalhes das espécies
amazônicas, como nomes científicos, sinônimos populares e relatos históricos.
Segundo Olímpia, a proposta é oferecer um registro amplo e acessível sobre o
bioma.

> “A fauna e flora da Amazônia têm espécies reproduzidas neste livro, contando
> suas histórias, lendas e informações. A população precisa conhecer as plantas
> úteis, alimentícias, medicinais e corantes que são valiosas para todos os
> povos!”, afirmou.

A obra também se destaca por incluir observações de naturalistas e exploradores
estrangeiros que visitaram a Amazônia entre os séculos XVI e XIX. Esses relatos,
registrados por nomes como Alexander von Humboldt e Henry Walter Bates, trazem
uma visão sobre a floresta que impressionou viajantes de diversas partes do
mundo.

> “O livro divulga textos e citações desses viajantes, que chamavam a floresta
> de exótica e faziam descrições sobre as espécies e fenômenos que encontravam.
> Essas fontes permitem que as pessoas aprofundem seus conhecimentos”, explicou
> a autora.

Olímpia reforça que o propósito da obra é educar e conscientizar as novas
gerações sobre a preservação da Amazônia. “Espero que o livro contribua para o
conhecimento da população jovem e infantil, proporcionando aprendizado e
incentivando a preservação do que é rico e nosso”, declarou a pesquisadora.

2 de 2 Livro destaca as pesquisas feitas por Olímpia a partir dos recursos da
floresta — Foto: divulgação

Livro destaca as pesquisas feitas por Olímpia a partir dos recursos da floresta
— Foto: divulgação

O livro conta com um prefácio assinado pelo escritor paraense Salomão Larêdo,
que define a obra como um marco no acesso ao conhecimento sobre a Amazônia.

> “Este livro democratiza o saber e encanta pela qualidade e profundidade do
> estudo. É um presente ao leitor, repleto de lindezas da nossa cultura,
> história e memória”.

O posfácio, por sua vez, é de Lani Goeldi, artista plástica e gestora cultural,
descendente de Emílio e Oswaldo Goeldi. Lani conecta o conteúdo da obra à
relevância histórica e simbólica da floresta amazônica, ressaltando a
importância de iniciativas como esta para preservar o legado cultural e
ambiental da região.

Filipe Nassar Larêdo, editor da Larêdo Editora, destacou o cuidado editorial que
foi necessário para esse projeto.

> “Curar e editar uma obra tão rica em detalhes e conteúdo visual é uma grande
> responsabilidade. Cada verbete e ilustração foram selecionados minuciosamente
> para garantir que a diversidade e a história da floresta fossem representadas
> com precisão”, comentou.

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Suspensas 331 Permissões de Lavra Garimpeira na APA Tapajós: grave impacto ambiental detectado

O Departamento de Proteção Ambiental (DE) suspendeu 331 Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) na Área de Proteção Ambiental (APA) Tapajós. As ações aconteceram como parte das operações de desintrusão da Terra Indígena Munduruku, no sudoeste do Pará.

A equipe do DE identificou graves irregularidades administrativas e de alto impacto ambiental. Segundo o órgão, as PLGs descumprem normas ambientais, prejudicando o licenciamento e as medidas de proteção do meio ambiente.

Entre as infrações, estão: uso indiscriminado de mercúrio; falta de gestão de efluentes, com sedimentos sendo despejados nos rios; e mineração em áreas de preservação permanente.

Os agentes também apreenderam equipamentos utilizados na extração ilegal, como 13 escavadeiras hidráulicas, 45 motores de garimpo e 25 mil litros de combustível diesel, além de oito acampamentos desativados.

Desde de novembro de 2024, o DE, em conjunto com outros entes do governo federal, atua no âmbito do Comando Operacional Integrado nas operações de desintrusão da Terra Indígena Munduruku. O objetivo é interromper a exploração ilegal de recursos minerais na região e restaurar a integridade das Terras Indígenas, promovendo a recuperação das áreas degradadas.

A bacia do Tapajós, onde se localiza a Terra Indígena Munduruku, é um dos pontos mais críticos do Brasil em termos de garimpo ilegal.

Entre 1º de janeiro e 29 de agosto de 2023, os municípios de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso geraram 9.017 alertas de garimpo. Destes, 7.653 estavam localizados dentro de Unidades de Conservação Federal ou Terras Indígenas, representando 41% do total de alertas registrados no Brasil no período.

A presença de garimpeiros na região tem causado sérios danos ambientais, como desmatamento, contaminação de rios com mercúrio e outros poluentes, e a destruição do habitat de diversas espécies da fauna e flora locais.

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