Sepultura possui a dissonância marcante do álbum ‘Chaos A.D.’ analisada de forma precisa no 29º título da série ‘O livro do disco’. A obra de Vinicius Castro traz uma imersão detalhada no álbum de 1993 que marcou um ponto crucial na história do grupo de thrash metal.

Ao apresentar a gênese, impacto e influências por trás de Chaos A.D., Castro utiliza uma abordagem jornalística objetiva, embasada em pesquisas e entrevistas com membros da banda, roadies e outros envolvidos, como o criador da arte da capa, Michael Whelan. A narrativa é construída de forma coloquial, proporcionando uma leitura envolvente e informativa.

A obra contextualiza a ascensão do Sepultura no cenário do heavy metal brasileiro a partir dos anos 1980, traçando também a evolução da banda álbum por álbum até chegar ao marco representado por Chaos A.D. em 1993. O autor destaca a revolução sonora presente no álbum, com elementos da música brasileira incorporados de forma inovadora.

Vinicius Castro aborda com detalhes a produção de Chaos A.D., desde a escolha do produtor até a gravação nos estúdios na Inglaterra e no País de Gales. O livro também explora a criação da capa e a estratégia de marketing durante o lançamento, fornecendo uma visão abrangente do contexto que envolveu o álbum.

A análise minuciosa de Castro não se limita à técnica, mas também mergulha na recepção do álbum pela crítica e pelos fãs, destacando a transformação de músicas como Refuse / Resist e Territory em clássicos indispensáveis nos shows do Sepultura. A visão imparcial do autor reforça a relevância atemporal de Chaos A.D. no cenário musical.

Além disso, a obra evidencia como a ousadia e inovação presentes em Chaos A.D. impulsionaram o reconhecimento internacional do Sepultura e do metal brasileiro como um todo. O legado do álbum se mantém presente até os dias atuais, refletindo a influência duradoura desta obra dissonante e enérgica.