Livro de Obama vende 887 mil cópias nas primeiras 24h

Nas primeiras 24h, o livro de memórias do ex-presidente americano Barack Obama, “A Promised Land”, vendeu 887 mil cópias nos Estados Unidos e no Canadá, informou a editora Penguin Random House. 

Obama supera a própria esposa, Michelle Obama, que em 2018, também no primeiro dia, vendeu 725 mil exemplares de “Minha História”, livro que ficou durante mais de um ano na lista de best sellers do jornal “The New York Times”.

O casal é um sucesso editorial e um peso-pesado na indústria cultural, com participações em projetos de cinema e documentários da Netflix. 

“Estamos felizes com o primeiro dia de vendas. Refletem a expectativa generalizada dos leitores em relação ao altamente antecipado e extraordinariamente escrito livro do presidente Obama”, disse David Drake, editor da Crown Publishing, propriedade da Penguin Random House, em comunicado.

Drake acrescentou que as vendas estão sendo boas em todos os canais, incluindo livros digitais e audiolivros. Ele falou ainda que a comercialização, principalmente em livrarias independentes, é uma boa notícia em meio a um cenário de dificuldade devido à pandemia de Covid-19 e às medidas de confinamento adotadas. 

“Esperamos que este livro sirva para fazer a diferença no final do ano”, pontuou o editor.

As memórias de Barack Obama serão divididas em dois volumes. O primeiro é “A Promised Land”, transita pela vida política do democrata antes da ser eleito presidente, durante a histórica campanha de 2008 e os anos do primeiro mandato. O segundo volume ainda não possui data de publicação. 

Estima-se que Obama fechou contrato de mais de US$ 60 milhões com a Penguin Random House pelos direitos de publicação.

Foto: Reprodução

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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