Professores da Unifor são autores de livro sobre estágio curricular em Medicina

Em parceria da Unifor com a Universidade Federal do Ceará, obra reúne profissionais renomados para abordarem diferentes visões

O livro mostra diferentes análises sobre o internato médico e sua importância na formação dos estudantes — Foto: Divulgação

A Universidade de Fortaleza — instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz — lançou em março, durante a Bienal do Ceará, em colaboração com a Universidade Federal do Ceará (UFC), o livro Estágio curricular em Medicina: perspectivas e desafios. A obra reúne professores e profissionais das duas instituições para discorrerem sobre o tema. O livro é gratuito e disponível a quem se interessar.

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O livro começa com a seguinte citação do educador Paulo Freire: “A teoria sem a prática vira verbalismo, assim como a prática sem teoria vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade”, que ilustra o objetivo da obra.

O exemplar foi escrito por Alberto Farias Filho, Aline de Oliveira Viana, Andrea Silvia Walter de Aguiar, Carolina Albuquerque Quixadá (professora da Unifor), Henrique Luis do Carmo e Sá (professor da Unifor), José Roberto Pereira de Sousa, Rogério Teixeira Mâsih e procura discutir o estágio curricular obrigatório na graduação de Medicina, abordando diversas dimensões.

O estágio obrigatório na Medicina, chamado de internato, busca inserir o aluno no dia a dia de um hospital ou unidade de saúde, e acontece nos últimos dois anos do curso.

Os autores Carolina Albuquerque Quixadá, coordenadora da Central de Carreiras e Egressos da Unifor, e Rogério Teixeira Mâsih, reforçam no livro que entre todas as graduações avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC), Medicina é a que possui maior quantidade de horas de estágio obrigatório, correspondendo a 35% da carga horária total do seu curso (pág. 10).

Na obra, o internato é abordado com diversas visões e exemplos de vivência. As profissionais Andréa Silvia Walter de Aguiar e Aline de Oliveira Viana discorrem no terceiro capítulo, sobre as ligas acadêmicas como forma de aprofundamento dos conhecimentos e complemento aos estágios obrigatórios.

No capítulo cinco, o doutor José Roberto Pereira de Sousa, discute a importância do estágio rural na área, que tem como foco a atuação em regiões remotas, muitas vezes com carência de recursos e profissionais. O médico pontua sobre como esse período do internato aproxima os estudantes da vivência do dia a dia do profissional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nos seus seis capítulos, o livro discute também a filosofia dentro do estágio obrigatório e a qualidade da graduação tendo o internato como um referencial, além de apresentar também, uma visão acerca da Lei do Estágio e suas interseções no estágio obrigatório do curso.

O exemplar, organizado por Carolina Albuquerque Quixadá e Rogério Teixeira Mâsih, reforça a importância do internato para o futuro médico e também a quem já passou por esse período.