Livro ‘O Bonequinho’, de Paulo Leme Filho, será lançado em Uruaçu

Livro ‘O Bonequinho’, de Paulo Leme Filho, será lançado em Uruaçu – Goiás

Está marcado para o próximo dia 8 de fevereiro o lançamento do livro O Bonequinho, de Paulo Leme Filho. O evento está marcado para o dia 8 de fevereiro, às 19h no CEPAC, em Uruaçu, Goiás. Na ocasião, o autor promoverá uma roda de conversa com o público para apresentar a obra e falar da relação entre o alcoolismo, a dependência química, o papel da família e as diversas formas de abordagens terapêuticas.

A união da experiência de participar de grupos de apoio, como Alcoólicos e Narcóticos Anônimos, com os princípios da Doutrina Espírita permeia as análises do autor, que usa dados recentes sobre saúde dos brasileiros para alertar sobre o problema da dependência. “Acredito que a experiência de quem precisou se encarar em um contexto de dependência química pode ser aproveitada para a superação de outras dificuldades não menos graves, como o sofrimento mental que vemos atualmente entre crianças e adolescentes”, avalia o advogado.

Abstêmio há 27 anos, e pai de dois adolescentes, ele alerta para os perigos da glamorização do álcool e do uso excessivo de redes sociais. Ambos registrados em pesquisas recentes como causas de dependência e sofrimento mental.

Gatilhos sociais

“Há uma glamorização sofisticada ornamentando a publicidade do álcool — que mistura sensualidade, liberdade e alegria. É olhar para as propagandas em que uma eterna juventude namora, festeja e, dando graças aos céus, comemora aquelas poucas horas de libertação dos dias anteriores do trabalho em horário comercial, feito por obrigação. Todos queremos ser assim — e é quase uma consequência necessária do viver que experimentemos bebidas alcoólicas”.

Segundo a Doutrina Espírita, o mundo é repleto de provas e expiações que servem para serem superadas e há uma razão para tudo o que nos acontece. Não é diferente com a dependência química ou qualquer outro problema. “É necessário o contínuo aperfeiçoamento do Espírito — não é diferente do que sinto quando acordo na maioria dos meus dias: sinto vontade de melhorar, e que é preciso fazê-lo”, traz um dos trechos de “O Bonequinho”.

Vício em redes

O autor compara a relação das crianças e jovens com as redes sociais aos mecanismos da dependência que ele conhece bem e que geram uma “felicidade tóxica”. “Pelo celular olho para o sucesso exibido a cada segundo – todos gozam a vida sem parar, e a felicidade é rápida e transbordante. Tudo leva a crer que likes geram a liberação da dopamina, estabelecendo assim o mecanismo da dependência”, esclarece o autor de O Bonequinho, no capítulo “A nova doença”.

A questão, segundo Paulo Leme Filho, não é mais saber se a nova ordem causa ou não problemas – mas a extensão e a gravidade deles. E, para evidenciar os problemas de saúde mental que acometem crianças e jovens, Paulo traz alguns dados estatísticos.

Estatísticas

Segundo o Ministério da Saúde, o número de suicídios de jovens cresceu no Brasil nos últimos anos. De 2016 para 2021, a taxa de mortalidade por cem mil pessoas relacionada a essa causa aumentou 45% na faixa de 10 a 14 anos e 49,3% na de 15 a 19 anos, contra 17,8% na população em geral.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a ‘geração Z’, os nascidos após 1995, conhecida como ‘nativos digitais’ são mais susceptíveis aos efeitos do estresse, apresentando maiores taxas de ansiedade, depressão, automutilação e suicídio. “O desenvolvimento desses jovens, com menos mecanismos para lidar com frustrações e adversidades (menor resiliência) e dificuldades em adiar o prazer (imediatismo) podem também ser fatores sociais que influenciam no desencadeamento de quadros mentais que têm contribuído com o aumento do suicídio”, informa o boletim da SBP.

Alcoolismo, ansiedade e cigarro

No ano passado, 32,6% dos jovens entre 18 e 24 anos relataram episódios recentes de consumo abusivo de álcool e 31,6% tiveram diagnóstico médico para ansiedade. Além disso, 23,9% desses jovens adultos já usou pelo menos uma vez o cigarro eletrônico, sendo que, desses, 17,3% já usou pelo menos uma vez, mas não usa mais; 6,1% usa, mas não diariamente; e 0,5% usa diariamente.

Esses dados do Covitel 2023, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas, foram publicados há seis meses. Além de mapear o estado de saúde da população por faixa etária e região elencou comportamentos de risco, como o tempo de tela. Novamente os jovens são os que lideram a estatística e são líderes em tempo de tela, com 76,1% utilizando dispositivos como celulares, tablets ou televisão três horas ou mais por dia para lazer – ou seja além do que é esperado para estudo ou trabalho.
Sobre o autor
Paulo Leme Filho, 52 anos, é advogado (USP), com MBA em Gestão da Saúde (FGV-SP). Escreveu o primeiro livro com o pai, Paulo de Abreu Leme, em 2015. “A Doença do Alcoolismo” é um relato corajoso de dependentes conseguiram se recuperar, e decidiram dar sua contribuição para ampliar o debate e chamar a atenção para os perigos desta doença silenciosa, sorrateira, da qual nenhuma família pode se considerar imune. Ao livro seguiu-se outra iniciativa: o Movimento Vale a Pena, voltado para a orientação das famílias e que estimula a busca pela recuperação. “O Bonequinho” é o quinto livro de Leme Filho, o advogado que superou o vício, quebrou o preconceito e rompeu o silêncio para se tornar um ativista de causas sociais.

Entrevistas

O autor, Paulo Leme Filho, estará em Uruaçu-GO, a partir do dia 5 de fevereiro para conceder entrevistas aos veículos de comunicação interessados.

Convite

O lançamento do livro é aberto ao público.
Data: 08/02/2024 – 19h
Local: CEPAC – Rua Goiás, 2769, Uruaçu-GO

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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