Lockdown de Goiânia e Aparecida pode ter toque de recolher 

Durante coletiva nesta sexta-feira, os prefeitos de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) e de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB) anunciaram que pode ser decretado um lockdown de sete dias nas cidades. Mendanha informou que além do fechamento das atividades consideradas não essenciais, existe a possibilidade da adoção de um toque de recolher, medida que determina um horário limite para circulação de público, que será avaliada. 

Uma reunião foi realizada com o governador Ronaldo Caiado (Dem) e 11 gestores da Região Metropolitana de Goiânia, para discutir as medidas que serão adotadas. Os decretos oficializando o lockdown e especificações sobre os comércios que podem ficar abertos devem ser publicados neste sábado, 27.

Presidente da Acieg afirma que lockdown é necessário na Região Metropolitana 

Ainda nesta sexta-feira, o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) Rubens Filete declarou que será decretado um lockdown na próxima segunda-feira para conter o contágio da Covid-19. “Infelizmente, a rede de Saúde colapsou”, afirmou.

Ele participou da  reunião entre o governador Ronaldo Caiado (DEM), prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com ele, provavelmente só abrirão estabelecimentos de necessidade básica.

“Supermercado, farmácias e redes de prioridade à vida”, pontuou. “Infelizmente, as medidas são necessárias. Os números são terríveis e os índices de infecções muito altos”, afirmou

Variante da Covid está em contaminação comunitária

Também na coletiva desta sexta-feira, 29, o governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que “a variante [da Covid] já está em contaminação comunitária [em Goiás]”. A contaminação comunitária é quando as autoridades não identificam onde está o foco da transmissão.

O governador ainda informou que se nada for feito, os mais de 390 leitos de UTI e a ampliação, na próxima semana, em mais 60, não serão suficientes para enfrentar a nova cepa. Ele ainda informou que essa nova cepa possui evolução mais rápida e atinge pessoas com faixa etária mais jovem. 

Foto: Jucimar de Sousa

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp