Loja de depilação fecha e mulheres denunciam “calote cabeludo” no DE
Com mais de 2 mil reclamações no Procon, a empresa tem deixado várias clientes no prejuízo. A PCDF investiga o crime de estelionato.
Uma mulher, de 29 anos, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após cair em um suposto golpe, ao contratar um pacote de serviços em uma empresa é uma rede de lojas de depilação a laser no Distrito Federal.
A vítima já era cliente da Laser Fast desde setembro de 2024. Em dezembro, a vítima alega que uma vendedora ofereceu outro pacote de serviços pelo valor de R$ 1.100. Sem suspeitar de nada, ela assinou o contrato. Inicialmente, ela acordou 10 sessões, em uma unidade no Lago Sul, que foi fechada. A mulher foi encaminhada para outras duas lojas, que segundo ela, também encerraram as atividades sem comunicar os clientes.
Na última unidade, que fica em um shopping na área central de Brasília, a vítima conta que chegou a ir pessoalmente até o estabelecimento, mas deu de cara com a porta fechada. De dezembro a fevereiro, a mulher afirma que sempre era respondida prontamente, sempre que questionava alguma coisa. Desde então, a equipe do salão parou de responde-la tampouco devolveram o dinheiro.
Indignada com a situação e com o prejuízo, a mulher postou um vídeo das redes sociais e, para a surpresa dela, uma enxurrada de seguidores passou a comentar que tinham passado pela mesma situação. Ela descobriu que há vítimas em outras unidades da Federação.
A coluna conversou com outra mulher, que também fechou um pacote de 10 sessões. Em janeiro deste ano, quando ela ia para o sétimo procedimento, a atendente informou que a loja ia passar por uma reforma. Em fevereiro, a mulher esteve no estabelecimento comercial e também encontrou o local fechado. Ela teve um prejuízo menor, pois faltavam apenas três sessões.
Com mais de 2 mil reclamações no Procon, a empresa tem deixado vários consumidores no prejuízo. A rede de depilação a laser continua anunciando planos, com descontos. Os clientes, porém, encontram as unidades fechadas e não conseguem cancelar os pacotes. Além das reclamações, a empresa tem cerca de além de 770 processos judiciais registrados.
Uma das clientes registrou boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que apura o caso como possível estelionato.
A coluna Na Mira entrou em contato com a empresa, mas até a última atualização desta reportagem, nenhuma resposta havia sido emitida. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.