Uma mulher, que prefere não ser identificada, por nome Susan de Sousa Sena, denunciou publicamente a loja virtual Magazine Luiza por um episódio de injúria racial. A cliente foi surpreendida ao receber um e-mail de confirmação de atualização de cadastro com uma saudação impregnada de racismo. No lugar de seu nome, o sistema da empresa utilizou o termo pejorativo “macaca” para se referir a ela. A situação foi considerada extremamente ofensiva e provocou revolta na vítima, que decidiu tornar pública sua indignação.
Em entrevista ao SP1, Susan de Sousa Sena, cozinheira de 35 anos, relatou a experiência humilhante e desumana de se deparar com tal ofensa em um e-mail oficial de uma empresa tão conhecida. Ela expôs sua revolta com a situação, destacando que o racismo sempre fez parte de sua vida e que a discriminação racial ainda persiste na sociedade. A vítima ressaltou a importância de se combater atitudes preconceituosas e chocantes como essa, principalmente em um ambiente tecnologicamente avançado como o de hoje.
Ao receber o e-mail, Susan foi confrontada com a saudação “Olá, macaca”, em vez de seu nome. A loja virtual Magazine Luiza se manifestou após o incidente, lamentando o constrangimento causado à cliente e agindo imediatamente para remover o campo “apelido” de seus formulários cadastrais. Além disso, a empresa tomou medidas para vetar palavras inadequadas no momento do preenchimento do cadastro, a fim de evitar que casos semelhantes voltem a ocorrer no futuro.
A cozinheira enfatizou que o episódio de injúria racial foi inaceitável e que a tecnologia deveria ser capaz de identificar e impedir automaticamente a veiculação de informações discriminatórias. Susan ressaltou a importância de se reconhecer a dignidade e a humanidade de cada pessoa, rejeitando práticas preconceituosas e ofensivas como a que ela foi vítima. A cliente destacou que não é um animal, mas sim uma pessoa, e merece respeito e tratamento igualitário.
Após a repercussão do caso, a Magazine Luiza se pronunciou oficialmente, reforçando seu compromisso em combater qualquer tipo de preconceito ou discriminação. A empresa esclareceu que o incidente não teve relação com o processo de biometria realizado pela cliente e que medidas foram adotadas para evitar situações semelhantes no futuro. A loja também enfatizou suas políticas de diversidade e inclusão, ressaltando que metade de seu quadro de funcionários é composto por profissionais negros.
Diante do ocorrido, a vítima procurou a delegacia e registrou um boletim de ocorrência por injúria racial. A ação foi direcionada ao 50º Distrito Policial do Itaim Paulista, onde o caso será investigado. A situação evidencia a importância de se combater o racismo em todas as suas formas e de se promover a conscientização e a inclusão social nas instituições, garantindo o respeito e a equidade para todos os cidadãos.