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Lojas Americanas obrigam cliente a baixar aplicativo para fechar compra

Última atualização 06/05/2022 | 12:50

Um leitor enviou ao Diário Do Estado a reclamação de que a rede de varejo Lojas Americanas estaria exigindo que o cliente baixasse um aplicativo de cashback, para que pudesse efetuar a compra. O caso, segundo ele, aconteceu em uma loja física de Goiânia.

O consumidor, que prefere não se identificar, conta que buscou uma unidade das Lojas Americanas para comprar um smartphone. No entanto, foi informado, por um funcionário, que precisaria baixar o aplicativo AME para que a compra fosse concluída.

Esta plataforma, conforme explica o próprio site oficial da loja de varejo, é uma forma de pagamento. Para alguns produtos, ela oferece o cashback – modalidade em que o consumidor recebe de volta parte do valor que gastou na compra ou recupera esta porcentagem em forma de crédito para compras futuras. No caso do aplicativo AME, a empresa anuncia que o cashback acontece em até 30 dias.

Cashback é oferecido por empresas como um benefício opcional aos clientes. No entanto, o leitor do Diário do Estado afirma ter sido pressionado a baixar o aplicativo, sem o qual não poderia comprar o smartphone vendido na loja, conforme teria sido dito por um funcionário das Americanas.

O cashback é visto por empresas como estratégia para fidelizar clientes. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo colocou em números os resultados de ações promocionais como esta . “O estudo mostra que o Cashback (21%) é a ferramenta mais usada nas compras online pelos consumidores, mas somente 7% das empresas oferecem esse tipo de serviço. Uma boa oportunidade para empresas do setor captarem novos clientes e fidelizá-los”, afirma o artigo que divulgou a pesquisa.

Segundo o Procon Goiânia, o vendedor tem liberdade para informar o cliente sobre o aplicativo. No entanto, não pode condicionar a venda ao uso da plataforma. Caso uma compra só possa ser concluída se o consumidor baixar o aplicativo, o estabelecimento pode ser denunciado no Procon.

O Diário do Estado entrou em contato, via e-mail, com a assessoria de comunicação das Lojas Americanas, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.