Lojas de Goiânia comemoram alavancada na venda de motos elétricas em 2022

No mesmo dia em que a Petrobras anunciou o aumento do preços dos combustíveis, na quinta-feira (10), uma loja do setor Bela Vista, em Goiânia, comercializou 18 motos elétricas, segundo o próprio vendedor. Outra, no Setor Coimbra, percebe aumento nas vendas, não só pelo preço da gasolina e do álcool, mas pela preocupação ambiental e o custo benefício.

Steve Capano, que trabalha como WebMaster, chegou a Goiânia em 2012, vindo dos Estados Unidos. Em 2019, comprou a primeira moto elétrica, principalmente pela facilidade. “Fui quase o primeiro a ter uma em Goiânia, não se costumava vender antes. É prática, não tem IPVA e não precisa de CNH”, comenta.

Há duas semanas, Steve comprou uma segunda, como forma de presentear a si mesmo pelo aniversário. Optou por uma Chopper, com 2.000 watts de potência. Rindo, o estadunidense afirma que a moto está com “bandeira errada”, do Reino Unido, e que trocará em breve.

Como a moto elétrica funciona

Steve usa a moto para percorrer curtas distâncias, dentro do condomínio onde mora, por exemplo. (Imagem: Arquivo pessoal)

O gerente de uma loja que vende motos, bicicletas e patinetes elétricos no setor Coimbra, Thiago Venturoli, explica que a autonomia da moto – quanto ela roda após cada recarga – depende do modelo.

“Aqui na loja, temos uma de 1.200 W, equivalente a uma Cinquentinha. Ela carrega a bateria em oito horas e tem autonomia de até 70 Km, em uma velocidade de 60 Km/h”, detalha.

Segundo o gerente, a moto custa em torno de R$ 10 mil e cada recarga impacta cerca de R$ 0,90 na conta de energia. Steve, o estadunidense que mora em Goiânia, conta que não sentiu aumento nenhum na fatura da luz depois de comprar a moto. Já a bateria costuma durar em torno de dois anos, mas este período depende do modelo e uso. Para trocar a bateria, hoje, o custo fica em torno de R$ 2 mil.

O vendedor e uma loja do setor Bela Vista, Gabriel Vasconcelos, conta que o perfil dos compradores é variado e que, para os modelos que necessitam, a moto já sai da loja com placa. “A maiorias compra para ir ao trabalho, para deixar o carro em casa e economizar”, explica. Nesta loja, é possível encontrar modelo de 2.000 W a partir de R$ 8,5 mil. Já as de 3.000 W custam a partir de R$ 13,8 mil.

Segundo os comerciantes, para pilotar uma moto elétrica não é exigida a CNH e sim a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC).

Entraves

Apesar das vantagens dos elétricos, o gerente da loja no setor Bela Vista afirma que eles precisam ser melhor viabilizados na rede urbana. “Às vezes, um senhor tem medo de andar na rua com uma bike elétrica, por exemplo, por conta do trânsito.

Steve, comenta que, apesar dos benefícios e de recomendar a moto elétrica, ela é feita para percorrer curtas distâncias. “Ela leva cinco hora para carregar e não tenho confiança de ir muito longe. Normalmente, no máximo 20 Km, mais que isso é perigoso”, conta.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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