A Polícia Civil do RJ prendeu nesta segunda-feira (17) um lojista que vendia linha chilena em Realengo, Zona Norte do Rio, onde o mototaxista Victor Hugo Silva, de 38 anos, foi morto após ser atingido por esse material proibido na Avenida Brasil. O comerciante João Guimarães Moreira foi detido em flagrante na loja onde comercializava a linha chilena, e os agentes apreenderam várias sacolas com rolos do produto cortante. O caso foi registrado na 33ª DP (Realengo).
Victor Hugo Silva será enterrado nesta terça (18) no Cemitério do Murundu. Ele estava trabalhando quando sofreu um corte profundo no pescoço e faleceu no local. O mototaxista deixa quatro filhos, e sua família exige justiça. A prática de utilizar cerol e linha chilena, assim como qualquer outro produto com elemento cortante para soltar pipas, é proibida por lei estadual, com pena de 3 meses a um ano de prisão e multa de R$ 17 mil para quem for pego vendendo esses objetos.
Além da prisão do lojista, a Polícia Ambiental fechou uma fábrica de linha chilena em Bento Ribeiro, Zona Norte, que operava clandestinamente no terraço de uma casa. Durante a ação, foram apreendidos equipamentos de fabricação da linha e diversos carretéis. A denúncia anônima foi crucial para a localização da fábrica, demonstrando a importância da colaboração da população através do Disque-Denúncia. Somente no dia da operação, o programa Linha Verde recebeu 20 denúncias relacionadas à linha chilena.
O anonimato é garantido para quem fornecer informações sobre locais que fabricam ou vendem produtos ilegais como a linha chilena. As informações podem ser repassadas para os números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177. A triste fatalidade envolvendo o mototaxista Victor Hugo Silva é um alerta para os perigos do uso irresponsável da linha chilena, que pode resultar em acidentes graves e até mesmo fatais. A conscientização sobre os riscos dessa prática é fundamental para evitar novas tragédias como essa.