Lorena Ribeiro Rodrigues: vítima em desabamento de ponte entre MA e TO. Irmã lamenta morte da jovem. Desabamento deixou mortos e desaparecidos.

“Que dor”, diz irmã de jovem morta em desabamento de ponte

Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, é uma das vítimas da queda da ponte que liga os estados do Maranhão e Tocantins. A empresária Amanda Rodrigues compartilhou nas redes sociais momentos ao lado da irmã, Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, morta no desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins. A jovem é uma das quatro mortas no acidente. Outras 13 pessoas seguem desaparecidas.

No Instagram, Amanda, que vive em Goiânia (GO), descreveu a irmã como “forte e decidida”, e afirmou que este é um momento de dor. Lorena deixa dois filhos e o marido.

Lorena Ribeiro Rodrigues, vítima do desabamento de ponte entre o MA e TO. A jovem deixa dois filhos. Nas redes sociais, a irmã lamentou a morte de Lorena. Desabamento deixou mortos e desaparecidos.

“Em julho, em vim feliz ver vocês, comemoramos, ficamos todos juntos. E agora eu vim às pressas com essa dor. Que dor!”, escreveu a empresária em uma publicação.

Além de Amanda, outras três mortes foram confirmadas. A ponte desabou no domingo (22/12), quando, ao menos, oito veículos passavam pelo local. A segunda vítima foi identificada como Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, que estava em um dos caminhões que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu (PA). O terceiro corpo é de Kecio Francisco Santos Lopes, motorista de um caminhão. A quarta vítima é Andreia Maria de Sousa, 45, cujo corpo foi reconhecido pelo esposo.

A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para apurar a responsabilidade sobre a queda da ponte. O governo federal anunciou entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstrução da estrutura. A expectativa é finalizar a obra em 2025.

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Trabalhadores chineses da BYD negam escravidão no Brasil: força-tarefa resgata 163 operários em condições precárias

Trabalhadores de terceirizada da BYD negam que foram escravizados

O documento fala em “mal-entendido”, e tabalhadores pedem ajuda do governo brasileiro. Ao menos 163 operários foram resgatados

Funcionários chineses de terceirizada da montadora de automóveis BYD negaram que foram escravizados no Brasil. No início desta semana, força-tarefa anunciou que 163 operários foram resgatados de uma obra da BYD em Camaçari (BA), por supostamente estarem em condições análogas a de trabalho escravo.

Na gravação (veja vídeo abaixo), um operário lê uma petição assinada em conjunto com outros trabalhadores e pede ajuda ao governo brasileiro para permanecer no país. O documento fala em “mal-entendido”.

“A causa do problema é que 107 de nossos colegas precisaram da ajuda da Jinjang [uma das empreiteiras contratadas para realizar a obra] para solicitar carteiras de identidade temporárias brasileiras. A empresa coletou e guardou temporariamente nossos passaportes para posterior processamento dos procedimentos relevantes”, leu um dos funcionários.

Além de resgatar os operários, a força-tarefa responsável interditou os alojamentos e trechos do canteiro de obras da planta onde a montadora está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região DE Salvador (BA). Os trabalhadores resgatados, conforme divulgou o Ministério Público do Trabalho (MPT), dormiam em camas sem colchões e havia um banheiro para cada 31 pessoas. As vítimas foram contratadas pela empresa terceirizada Jinjang, prestadora de serviços para a BYD.

FORÇA-TAREFA

A força-tarefa responsável pelas inspeções e pelos desdobramentos dessa ação é composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela Defensoria Pública da União (DPU) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF). Segundo o MPT, além das condições degradantes, a situação caracteriza trabalho forçado. Reforçam a tese a constatação de que os trabalhadores eram obrigados a pagar caução, tinham 60% de seus salários retidos (recebendo apenas 40% em moeda chinesa), enfrentavam ônus excessivo para rescisão contratual e tinham seus passaportes retidos pela empresa.

Após a fiscalização, a BYD afirmou que não “tolera desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana”, determinou que os trabalhadores fossem transferidos para hotéis da região e rompeu o contrato com a empresa terceirizada responsável pela contratação dos operários.

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