Luciano Hang briga na Justiça para Youtube manter vídeo sobre cloroquina

Dono de uma das maiores lojas de varejo no Brasil, Luciano Hang briga na Justiça para que o Youtube mantenha em ar um vídeo que defende o uso da cloroquina e outros medicamentos ineficazes no tratamento contra à Covid. A informação foi revelada pelo Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles.

O empresário teria entrado com a ação no dia 25 de maio deste ano na Justiça de Santa Catarina. No pedido judicial, Hang pede que o Youtube reative um vídeo onde ele concede uma entrevista a Augusto Nunes, da Jovem Pan. O vídeo postado no perfil da emissora da rádio, Hang equiparou a vacina contra a Covid a tratamento ineficazes, e defendeu medicamentos que comprovadamente não tem impacto no tratamento contra a doença.

“É a mesma coisa que o tratamento precoce. O que se fala é que a vacina, ela ataca o vírus. E o tratamento precoce protege a célula. Então, quando você toma ivermectina, cloroquina, vitamina D e zinco, você blinda a célula para o vírus não entrar na célula”, disse o empresário bolsonarista, o que é falso.

Vítima de censura

Ele alega que está sendo vítima de censura. Dois dias depois, o juiz Gilberto Gomes de Oliveira Junior, da Vara Cível de Brusque (SC), concordou com Hang e ordenou que o vídeo voltasse a ficar disponível no Youtube.

A rede social argumentou que o vídeo desinforma e violou a política de informações sobre a pandemia. O caso segue em análise na segunda instância.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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